5 desafios da alfabetização no Brasil
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
No dia 8 de setembro se comemora o Dia Mundial da Alfabetização. No Brasil, ainda temos muito a percorrer para uma alfabetização eficiente para todos. Por isso, listamos os cinco principais desafios desta que é uma etapa de extrema importância para o desenvolvimento educacional e pode refletir negativamente por toda a vida do estudante.
1- Falta de dados
Os dados mais recentes sobre o assunto referem-se a 2016, já que a Avaliação Nacional da Alfabetização foi descontinuada. Sem informações atualizadas, fica ainda mais difícil buscar soluções para equiparar a grande desigualdade na aprendizagem das crianças existente no Brasil.
2- Alfabetização adequada
De acordo com a Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA), as dificuldades já se dão no início do processo de aprendizagem no Brasil. Em 2016, menos da metade dos estudantes do 3° ano do Ensino Fundamental alcançaram os níveis de proficiência suficientes em Leitura (45,3%) e em Matemática (45,5%).
3- Impacto da desigualdade social
As diferenças dos níveis de proficiência em Leitura, Escrita e Matemática de acordo com o Nível Socioeconômico (NSE) são gritantes, como mostra a Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA). Em 2016, o grupo com NSE muito baixo e baixo tiveram média de 23,4 em Leitura, enquanto o grupo alto e muito alto mais que dobrou a média, alcançando 68,2.
4- Disparidades regionais
As diferenças da educação oferecida nos estados brasileiros também influenciam no nível de proficiência da alfabetização. Dados do MEC, Inep e Doeb de 2014 e 2016 mostram que a Região Norte e Nordeste ficaram abaixo da média brasileira nos níveis de proficiência em Leitura e Matemática em 2014 e 2016 e em escrita em 2016.
Obs: Não há dados de Escrita em 2014.
5- Distorção entre Idade e Série
O Relatório SAEB/ANA 2016 indica que cerca de 14,9% dos estudantes do Brasil têm dois anos ou mais acima da idade de referência para a sua etapa do ensino. Nas regiões Norte e Nordeste, a média é ainda maior que a nacional, com 20,2% e 21,4%, respectivamente.

A Meta 5 do Plano Nacional de Educação (PNE) é alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3° ano do Ensino Fundamental. Para quem abandonou a escola ou não teve acesso na idade apropriada, há a possibilidade de alfabetização na Educação de Jovens e Adultos (EJA), que oferece os níveis da Educação Básica em todo o país.
Para saber mais desafios da Alfabetização no Brasil, assista a nossa série Alfabetismo Brasil .
E se você é fã do educador Paulo Freire e “A Pedagogia do Oprimido”, não pode perder esse curta sobre seu processo de alfabetização em Angicos, pequena cidade do sertão do Rio Grande do Norte.
Fontes:
Anuário Brasileiro da Educação Básica 2020
Relatório SAEB/ANA 2016
Avaliação Nacional da Alfabetização – Edição 2016
Plano Nacional de Educação