Notícia: O papel da escola no combate à LGBTfobia

O papel da escola no combate à LGBTfobia

Combate à LGBTfobia é todo dia

17 de maio é o Dia Internacional contra a Homofobia, a Transfobia e a Bifobia. Somente há exatos 32 anos, a homossexualidade deixou de ser considerada doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A data de hoje simboliza uma luta histórica contra a patologização e pelo exercício pleno da cidadania das pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, não binários, intersexuais e assexuais.

O Brasil é o país que mais mata pessoas LGBTQIA+ do mundo: 1 morte a cada 29 horas. Os dados são do Relatório de Mortes Violentas de LGBT+ no Brasil (2021), divulgado pelo Grupo Gay da Bahia. No ano passado, 300 LGBTQIA+ sofreram morte violenta, 8% a mais que em 2020: 276 homicídios (92%) e 24 suicídios (8%)

O preconceito e a violência de gênero são os pilares para esses dados estatísticos alarmantes. E, muitas vezes, a escola – um ambiente que deveria promover a inclusão, o respeito e o acolhimento a todos e todas – é onde acontecem as primeiras agressões.

Em fevereiro deste ano, uma aluna trans foi agredida dentro de um colégio em Mogi das Cruzes (SP). Em Santarém, oeste do Pará, um adolescente transgênero foi desrespeitado por professores e colegas de turma que se recusaram a chamar por seu nome social. O caso aconteceu em abril deste ano. Em Niterói (RJ), uma aluna trans relatou que a inspetora da escola a repreendeu por usar o banheiro feminino.

Uma menina negra está no centro da imagem tapando os ouvidos e com a cabeça baixa. Em seus dois lados há braços de pessoas apontando para ela, como se a estivessem julgando ou cometendo alguma ofensa

De acordo com a Pesquisa Nacional sobre o Ambiente Educacional no Brasil, publicada em 2016, 60,2% das pessoas entrevistadas sentem-se inseguras na sua instituição educacional por causa da sua orientação sexual. Além disso, 35,8% dos/das estudantes LGBTQIA+ foram agredidos/as fisicamente na escola por causa de alguma característica pessoal. A pesquisa também mostrou que mais da metade (56,2%) dos/ das estudantes LGBTQIA+ foram assediados/as sexualmente dentro do colégio, e 14,4% relatou que tais eventos ocorreram frequentemente ou quase sempre.

Como tornar a escola mais inclusiva?

O Grupo Gay da Bahia destaca a urgência da educação sexual e de gênero em todos os níveis escolares para ensinar aos jovens e à população em geral o respeito aos direitos humanos e cidadania da população LGBTQIA+.

O Observatório Trans disponibiliza gratuitamente materiais de apoio e planos de aulas para professores e gestores escolares trabalharem a inclusão e o apoio à diversidade dentro da sala de aula. Acesse aqui.

Além disso, o acolhimento e suporte emocional às pessoas que foram vítimas de qualquer tipo de LGBTfobia é fundamental. Nem sempre o(a) aluno(a) vai receber apoio dentro de casa, por isso medidas de acolhimento no ambiente escolar são importantes não só para evitar a evasão desse(a) estudante, mas também para a preservar a sua própria vida.

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