Heloísa Teixeira e seu legado para a cultura nacional
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Morreu hoje, no Rio de Janeiro, aos 85 anos, a escritora, crítica literária e pensadora, Heloísa Teixeira. Até bem pouco tempo, a intelectual era conhecida como Heloísa Buarque de Holanda, sobrenome que utilizava quando era casada. Por uma decisão pessoal, passou a adotar o Teixeira, herdado de sua mãe.
Graduada em Letras Clássicas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e com doutorado em Literatura Brasileira pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Heloísa foi membro do Conselho Curador da Fundação Roberto Marinho entre 2012 e 2023 e, pela sua relevância e atuação no cenário cultural brasileiro, ocupava, há dois anos, a cadeira número 30 da Academia Brasileira de Letras, em sucessão a Nélida Piñon, que também foi conselheira da FRM.
Seu trabalho se destacava por questões ligadas à cultura e ao desenvolvimento, o papel das tecnologias na produção e no consumo da sociedade, a preocupação com as populações periféricas e, principalmente, pelo seu protagonismo no que se refere a assuntos como o feminismo, tema em que sempre foi uma referência.
A Fundação Roberto Marinho agradece toda a dedicação e contribuição da Heloísa Teixeira aos projetos da casa por mais de uma década, e reverencia seu legado para a cultura nacional. Destacamos ainda que sua vasta e tão necessária obra permanecerá para sempre imortal, não só na Academia.