Linha do Tempo
Em novembro, é lançado o Centro Nacional de Mídias da Educação. O CNME permite que professores e estudantes do ensino médio que estão em sala de aula em escolas públicas de 17 estados brasileiros e do Distrito Federal participem de aulas, em tempo real, realizadas a partir de um estúdio, por um professor.
É uma realização do MEC e do Consed, com implementação apoiada pela TV Escola e Fundação Roberto Marinho. Conta ainda com as parcerias do Centro de Inovação para a Educação Brasileira, Fundação Getúlio Vargas, Instituto Ayrton Senna, Organização dos Estados Ibero Americanos, Universidade Federal de Alagoas, Universidade Federal do Ceará e Universidade Federal de Goiás.
O Dia Internacional da Língua Portuguesa, comemorado em 5 de maio, foi celebrado com três dias de educação e cultura na Estação da Luz, em São Paulo. A programação cultural, gratuita e aberta ao público, de 3 a 5 de maio, partiu da pergunta “Qual é a sua língua portuguesa?” para percorrer a riqueza de sotaques e influências deste idioma: elo que ao mesmo tempo une e torna singulares os 9 países onde a língua portuguesa é falada. A iniciativa é parte das ações culturais e educativas do Museu da Língua Portuguesa, atualmente em reconstrução.
A iniciativa, realizada pela primeira vez em 2017, reuniu shows de música, apresentação de ‘slam’ (poesia falada), exposições, contação de histórias e oficinas, que unem tecnologia e múltiplas linguagens artísticas.
Estudantes, pesquisadores e instituições de ensino de Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Pará e São Paulo estão entre os vencedores da 29ª edição do Prêmio Jovem Cientista, que abordou o tema “Inovações para Conservação da Natureza e Transformação Social”. O anúncio foi feito em outubro, em Brasília, na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e a entrega das premiações em dezembro, em solenidade no Palácio do Planalto.
A 29ª edição do Prêmio Jovem Cientista foi uma iniciativa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)/ Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, em parceria com a Fundação Roberto Marinho, Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza e Banco do Brasil, e apoio da Embaixada do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte no Brasil.
Foram mais de 1.550 inscrições de estudantes e pesquisadores de todo o país. O primeiro lugar no ensino médio foi para a gaúcha Juliana Davoglio Estradioto, que criou um filme plástico biodegradável feito com casca de maracujá, capaz de substituir as embalagens de mudas de plantas, que geram grande quantidade de lixo na agricultura; o pernambucano Célio Henrique Rocha Moura, primeiro lugar no ensino superior, venceu com uma pesquisa sobre como a percepção da população sobre áreas preservadas na cidade do Recife pode auxiliar na gestão das Unidades de Conservação; já o primeiro lugar na categoria mestre e doutor foi para João Vitor Campos e Silva, paulista que mora em Maceió, com o estudo do impacto de um modelo de conservação na Amazônia que recupera populações de pirarucu e tem potencial para garantir às comunidades o equivalente a uma poupança bancária avaliada em R$ 30 mil anuais.
O Prêmio Jovem Cientista contempla as categorias Mestre e Doutor; Ensino Superior; Ensino Médio; Mérito Científico (para um cientista de destaque em áreas relacionadas ao tema da edição) e Mérito Institucional (para instituições dos ensinos médio e superior com o maior número de trabalhos qualificados).
O Museu da Língua Portuguesa participou da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) pelo segundo ano consecutivo. A exposição “A Língua Portuguesa em Nós”, formada a partir do acervo do museu, chegou ao Brasil pela primeira vez, depois de percorrer Cabo Verde e Angola. Em agosto a exposição foi levada a Moçambique. Com consultoria de conteúdo do compositor, escritor e professor de literatura José Miguel Wisnik, “A Língua Portuguesa em Nós” faz um passeio pelo idioma no mundo e a participação da língua portuguesa na formação cultural brasileira. A programação, na Casa da Cultura de Paraty, incluiu mesas-redondas, com curadoria da editora da Revista Pessoa, Mirna Queiroz, e apresentações musicais de artistas atuantes na região.
No Auditório da Praça (em frente à Praça da Matriz), o sarau “Inculta e Bela” reuniu os atores Ricardo Pereira, Betty Gofman e Julia Lemmertz, que costuraram trechos de autores de língua portuguesa das mais diversas épocas e estilos – de Fernando Pessoa a Cidinho e Doca, passando por Caetano Veloso e Carlos Drummond de Andrade – e homenagearam os 20 anos do Nobel de Literatura conquistado pelo português José Saramago.
O Museu também comemorou o título de Cidade Criativa da Gastronomia concedido a Paraty com uma ação que se estendeu por toda a cidade: a criação do menu Museu da Língua Portuguesa, adotado por 25 restaurantes de Paraty. As casas criaram pratos inspirados na culinária de um país onde se fala português e “harmonizaram” com um livro representativo da literatura do país ao qual o prato se refere. O visitante que provava o prato também ganhava um livro.
A participação do Museu da Língua Portuguesa na Flip foi uma parceria da Fundação Roberto Marinho, Governo do Estado de São Paulo e Ministério das Relações Exteriores, com patrocínio da EDP, Grupo Globo e Itaú Cultural e apoio do Governo Federal, por meio da lei federal de incentivo à cultura.
O Museu da Língua Portuguesa levou para a 15ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) programação especial com exposição, rodas de conversa, oficina literária e apresentações artísticas. As atividades foram realizadas na Casa de Cultura, no centro histórico de Paraty, gratuitas e abertas ao público em geral.
Literatura, língua portuguesa, as identidades na comunidade lusófona e a cultura da região de Paraty se uniram na programação do Museu da Língua Portuguesa na Flip. No Salão Nobre da Casa da Cultura de Paraty, uma instalação audiovisual recriou a experiência-símbolo do Museu: a Praça da Língua, espécie de “planetário do idioma” que homenageia a língua escrita, falada e cantada, em um espetáculo de som e luz. A experiência recuperou extratos do áudio original do Museu, criada com curadoria de Arthur Nestrovski e José Miguel Wisnik. São trechos clássicos da poesia, prosa e música produzidas em língua portuguesa e interpretados por nomes como Maria Bethânia e Matheus Nachtergaele.
Ao completar 20 anos o Futura, se firma como projeto multiplataforma de conteúdo educacional. Canal celebra aniversário com série de encontros pelo Brasil em 2017/2018.
De acordo com pesquisa do Datafolha (2016), o Futura é assistido regularmente por 40,6 milhões de pessoas, sendo mais de 2 milhões de educadores em todo o Brasil. Aproximadamente metade deste público tem o hábito de assistir ao Canal pela internet. Por isso, toda a programação do Futura é feita com o objetivo de ser utilizada pelas pessoas – seja em sala de aula, para mobilizar em trabalhos sociais e voluntários, para estudar ou para se aprofundar.
Com conteúdo multimídia produzido, organizado e difundido de forma colaborativa, o Canal ampliou sua presença digital em 2017.
O Museu da Língua Portuguesa participou da 18ª Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, iniciada em 31 de agosto, no Riocentro. A instalação audiovisual Praça da Língua, que recria a experiência-símbolo do Museu, foi montada pela primeira vez no Rio de Janeiro. Espécie de “planetário do idioma”, a Praça homenageia a língua escrita, falada e cantada, em um espetáculo imersivo de som e luz.
O espaço também promoveu atividades educativas que celebravam a língua portuguesa, em três eixos: suas origens e seus usos diversos, que fazem dos falantes também “autores” do idioma; as palavras como elementos visuais, a partir do idioma escrito; e a língua que se torna literatura.
Dois anos após a maior tragédia ambiental da história do Brasil, o Canal Futura exibiu a série “Krenak, vivos na Natureza Morta”, em novembro. A série de cinco episódios retrata o dia a dia da tribo indígena Krenak após o rompimento da barragem do Fundão, propriedade da mineradora Samarco, que ocasionou a ‘morte’ do Rio Doce. Com uma narrativa protagonizada pelos integrantes dessa tribo indígena, a série mostra os desafios de um povo que teve sua cultura material e imaterial roubada e o cotidiano interrompido pela maior tragédia ambiental brasileira. Da destruição e morte até as questões sociais, econômicas e ambientais que levarão muitos anos para serem equacionadas, a série traz um retrato da vida do povo indígena atingido pelo desastre ambiental.
Realizado em março no Museu do Amanhã, o seminário “Ciência para o Amanhã – Caminhos da Ciência, Tecnologia e Inovação para a Juventude” teve como temas a capacidade de inovação dos jovens que se dedicam a fazer ciência no Brasil, o empreendedorismo no meio científico e as soluções encontradas para o reconhecimento da pesquisa. O evento foi uma realização da Fundação Roberto Marinho e do Museu do Amanhã, com patrocínio da Finep.
A experiência da Fundação Roberto Marinho em conceber museus como espaços de educação, mobilização social e conexão foi apresentada em um dos principais eventos de museus do mundo, no Louvre, em Paris, em junho. Hugo Barreto, secretário-geral da Fundação, participou do encontro internacional “Communicating the Museum”, que reuniu 300 profissionais de museus e instituições culturais de todo o mundo para trocar experiências, a partir do tema “O Poder da Educação”.
Em maio, o Museu da Língua Portuguesa celebrou a herança cultural que une os falantes do português. O dia 5 de maio foi instituído como Dia da Língua Portuguesa e da Cultura na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) – e a data ganhou celebração especial: três dias de música, teatro, poesia e oficinas artísticas no saguão da Estação da Luz, em São Paulo, como parte das ações do Museu.
As atividades, gratuitas, aconteceram nos dias 4, 5 e 6 de maio. Seguindo o estilo que consagrou o Museu da Língua Portuguesa, as ações reuniram tecnologia, interatividade, envolvimento do público e a relação do espaço e da Língua com a cidade e com o ambiente urbano. Houve desde instalação sonora com os ruídos produzidos na estação até vídeo mapping com frases já famosas nas ruas de São Paulo, passando por atividade poética com cartazes “lambe-lambes”, shows, apresentação de DJ e roda de conversa com escritores.
No Dia Internacional da Mulher, 8 de março, o Canal Futura estreou o documentário #EuVocêTodasNós. Vencedor do 7º Pitching DOC Futura, o filme mostra o crescimento do ativismo feminista com a utilização da internet e, principalmente, das redes sociais para mobilizar e sensibilizar pessoas em torno de causas da mulher.
Desde 2010, o pitching DOC Futura convoca, todos os anos, produtoras brasileiras para apresentar projetos embrionários de documentários que tenham relação com direitos humanos.
A exposição “O Poeta Voador, Santos Dumont” encerrou temporada no Museu do Amanhã em fevereiro, com público de 625 mil visitantes. Em suas últimas semanas, promoveu atividades educativas que aproximaram ainda mais o público infantil da inovação, experimentação e curiosidade científica. As atividades ganharam a Praça Mauá, com sessões de contação de histórias, oficinas e o espetáculo teatral “Um voo com Santos Dumont”. Oficinas de material reciclado também ocuparam o Espaço Educativo do Museu.
Um mês depois do incêndio que destruiu o Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, o governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, o superintendente executivo da Fundação Roberto Marinho, Nelson Savioli, e Luiz Bloch, da organização social ID Brasil, assinaram, dia 21 de janeiro, o convênio para restauro da Estação da Luz e reconstrução do Museu da Língua Portuguesa, por meio da Secretaria da Cultura.
O atual acordo estabeleceu que a Fundação Roberto Marinho seria responsável pela execução das obras de reconstrução, restauro e reinstalação do museu, inclusive com revisões museográficas, com colaboração da Secretaria da Cultura do Estado e da ID Brasil, responsável pelo gerenciamento do Museu. A proposta era tomar como base o projeto arquitetônico que orientou o restauro de 2006, com os ajustes necessários para atualização. A exposição original, baseada em recursos de multimídia, está totalmente preservada em um datacenter e será aprimorada.
Aberta em abril no Museu do Amanhã, a exposição “O Poeta Voador, Santos Dumont” destacou a capacidade de inovação do grande inventor brasileiro, um visionário que se dedicou à ciência e à tecnologia inspirado pela arte. Com linguagem audiovisual e atividades interativas, a expografia incluiu protótipos das principais criações de Santos Dumont e duas réplicas em tamanho real: o avião Demoiselle, mais completo projeto do inventor, e o pioneiro 14bis. A exposição teve curadoria de Gringo Cardia e consultoria científica do biofísico Henrique Lins de Barros.
O Museu do Amanhã foi homenageado no Leading Culture Destinations Awards, prêmio britânico considerado o ‘Oscar dos Museus’, no dia 30 de setembro. Foi escolhido na categoria Melhor Novo Museu do Ano da América do Sul e Central (Best New Museum of the Year – South & Central America), que considera as instituições inauguradas e/ou reformadas nos últimos 15 meses. A instituição carioca superou o Museo Internacional del Barroco, em Puebla, México, e o Space Caribbean, em Kingston, Jamaica.
O Futura estreou em setembro a série documental “Destino: Educação – Escolas Inovadoras”, que investiga iniciativas educacionais transformadoras.
Doze instituições de ensino espalhadas pelo mundo e inseridas em contextos diferentes reinventaram suas práticas pedagógicas, currículo escolar, infraestrutura, entre outros aspectos, para motivar uma aprendizagem mais dinâmica, conectada com seu entorno e próxima da realidade dos estudantes. Realizado pelo Futura em parceria com o Serviço Social da Indústria (SESI) – Departamento Nacional, o programa conta com consultoria do Instituto Inspirare. A produção é da Cine Group, com direção de Sergio Raposo.
As escolas foram selecionadas a partir de uma pesquisa sobre tendências da educação, realizada pelo Porvir (programa do Instituto Inspirare), e estão localizadas em nove países: Argentina, Brasil, Colômbia, Dinamarca, Estados Unidos, Finlândia, Holanda, Índia e Inglaterra.
Inaugurada em junho a Casa da Música, um ambiente dedicado à educação musical integrado à Casa da Cultura, no Centro Histórico. Instalada em um imóvel tombado, completamente restaurado e internamente adaptado, abriga cursos livres e regulares e funciona como sede da Banda Santa Cecília, mais tradicional da cidade, fundada em 1954. O imóvel de 200 metros quadrados se divide em duas salas de aula com isolamento acústico, um ambiente de leitura com acervo sobre música e uma sala para a banda Santa Cecília, com entrada independente e um mezanino com acesso exclusivo. Serão oferecidos cursos de iniciação, formação e apreciação musical para crianças, adolescentes e adultos e aulas de prática de conjunto.
Em maio, Canal Futura estreou o documentário “Não saia hoje” sobre os Crimes de Maio, que completava 10 anos. O filme foi vencedor do pitching Doc Futura.
Em maio de 2006, São Paulo foi palco de uma série de ataques. Ao longo de uma semana, foram assassinadas mais de 500 pessoas em todo o Estado de forma indiscriminada e, ainda hoje, os responsáveis pelas mortes não foram punidos nem a chacina saiu da invisibilidade. O filme parte da experiência de um grupo de mães da periferia de Santos, em São Paulo, que busca justiça pelo assassinato de seus filhos, no que é considerado um dos maiores massacres da história recente do Brasil.
A reconstrução do Museu da Língua Portuguesa foi iniciada em dezembro (um ano após o incêndio que consumiu parte do edifício da Estação da Luz), com a restauração das fachadas e esquadrias. As intervenções dessa etapa, com duração de doze meses, vão restabelecer a ambiência arquitetônica, com o restauro das quatro fachadas do prédio atingidas pelo incêndio, bem como a recuperação e reconstrução das esquadrias de madeira afetadas pelo fogo.
Fundada em 1667, a cidade de Paraty reúne história, cultura e uma paisagem natural única. Com o objetivo de reunir e tornar acessíveis informações sobre o patrimônio histórico e natural dessa cidade do litoral sul do Rio de Janeiro, a Secretaria Municipal de Cultura de Paraty, em parceria com a Fundação Roberto Marinho, lançaram em julho o aplicativo “Paraty: Cultura e Natureza”.
A partir dos eixos “Cultura”, “História” e “Natureza”, o aplicativo fornece informações sobre as tradições, festas, comidas típicas, equipamentos culturais, arte e belezas naturais. Disponível para Iphone e celulares Android, o serviço convida moradores e turistas a um passeio completo pela cidade – do Centro Histórico às comunidades caiçaras, dos alambiques ao Caminho do Ouro.
O programa apresentado por Regina Casé, com direção de Estevão Ciavatta, completou 15 anos na tela do Futura. É uma coprodução da Pindorama Filmes com o canal.
Além do trabalho em campo desenvolvido pelo Futura, o programa conta com o site umpedeque.com.br, com todos os episódios e informações sobre árvores brasileiras. Os livros inspirados na série já venderam mais de 124 mil exemplares e foram adotados pelo Plano Nacional do Livro Didático. Além disso, os programas disponibilizados no site são livremente utilizados pelos espectadores em escolas e universidades pelo país.
No dia 21 de dezembro de 2015, incêndio destruiu o Museu da Língua Portuguesa, na Estação da Luz. O bombeiro civil Ronaldo Pereira da Cruz morreu no combate às chamas. O Museu da Língua Portuguesa foi inaugurado em 2006.
Em comemoração ao Dia do Estudante, celebrado no dia 11 de agosto, 600 estudantes do Telecurso Alumbrar participaram da primeira Atividade Socializadora do projeto e mergulharam na rica cultura de seu estado, com o lançamento do Caderno de Cultura da Paraíba. O escritor Bráulio Tavares, autor do Caderno de Cultura, conduziu uma aula-espetáculo para os jovens, com apresentação do jornalista Zeca Camargo.
Smartphones, tablets e drones tornaram-se ferramentas nas mãos de cidadãos de todas as partes do mundo para registrar as crises e manifestações vividas nos quatro continentes. Em paralelo, as novas tecnologias da informação tendem a reforçar organizações em rede e assim estimular a mobilização em torno de causas sociais. O fenômeno inspirou “Levante!”, documentário produzido de forma colaborativa a partir de registros de “levantes” atuais no Brasil, México, Hong Kong e na Faixa de Gaza. A estreia na tela do Futura e na web (www.futura.org.br) foi em junho. Dirigido por Susanna Lira e Barney Lankester-Owen, o “Levante!” é uma realização do canal Futura com coprodução da Modo Operante e Embaúba.
Lançamento do movimento “Legalize Aprendiz”, dia 24 de abril (Dia Internacional do Jovem Trabalhador), uma campanha em formato de manifesto para sensibilizar a sociedade sobre a importância de oferecer oportunidades de inserção no mundo do trabalho aos jovens com idades entre 14 e 24 anos.
O Museu do Amanhã foi inaugurado oficialmente dia 17 de dezembro e abriu ao público dia 19. Novo ícone do Rio de Janeiro e uma das âncoras da revitalização da Praça Mauá, é um museu de ciência que se dedica a explorar, pensar e projetar as possibilidades de construção do futuro. Em seu primeiro fim de semana de funcionamento, ficou aberto durante 32 horas (das 10h de sábado às 18h de domingo) e recebeu mais de 25.500 visitantes.
Norteado por perguntas que acompanham desde sempre a humanidade – De onde viemos? Quem somos? Onde estamos? Para onde vamos? Como queremos ir? –, o museu apoia-se em um conceito fundamental: o amanhã não é uma data no calendário, não é um destino final; ele é uma construção que começa hoje, agora. A partir das escolhas feitas no presente, desdobra-se uma gama de amanhãs. O museu examina o passado, apresenta tendências do presente e explora cenários possíveis para os próximos 50 anos a partir das perspectivas da sustentabilidade e da convivência. O visitante é estimulado a refletir sobre a era do Antropoceno – a era geológica em que vivemos hoje, o momento em que o homem se tornou uma força planetária com impacto capaz de alterar o clima, degradar biomas e interferir em ecossistemas – e a se perceber como parte da ação e da transformação.
O Futura chegou à maioridade em setembro, como um canal plural, educativo e social. Para celebrar o aniversário, a programação visual do canal ganhou nova roupagem a partir do dia 21 de setembro. Concebido para contribuir com a educação brasileira, o Futura é visto por 40 milhões de brasileiros e mobiliza, por meio de uma atuação além da TV, mais de 2,5 mil instituições educativas e sociais que utilizam seu conteúdo audiovisual em projetos voltados para a transformação da sociedade. A campanha “Alimento para vida” (foto), que ressaltou o poder transformador da educação entrou no ar em outubro.
O Museu de Arte do Rio conquistou a primeira certificação internacional LEED na América Latina para museus. Em maio, o museu recebeu o selo da categoria ‘Silver’, concedido pela Green Building Council, organização mundial que reconhece práticas sustentáveis.
A sustentabilidade está na matriz do MAR. Durante a obra, os funcionários receberam orientações sobre materiais, tecnologias e procedimentos operacionais para atingir as demandas da certificação LEED. Foram implementadas medidas para minimizar a poluição gerada na construção, como o controle da saída de sedimentos e a prevenção da contaminação do solo. O museu conta com coleta seletiva do lixo; utilização de lâmpadas econômicas; sensores de luminosidade e uso de materiais com conteúdo reciclado e madeira certificada.
O encontro, realizado em Belém, em maio de 2014, reuniu professores que participam do programa de educação ambiental Florestabilidade no Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará e Rondônia. Os educadores trocaram experiências, participaram de sessões de formação e conversaram com pesquisadores convidados.
O programa apresentado pelo músico Tony Bellotto no Futura completa 15 anos falando sobre a língua portuguesa. O titã recebe convidados para bate-papos recheados de história, literatura, arte e poesia, usando como ponto de partida a música brasileira.
O Paço do Frevo foi inaugurado dia 9 de fevereiro, Dia do Frevo.
Localizado no Bairro do Recife Antigo, o espaço é um centro de referência e difusão do frevo, declarado Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco em 2012.
O Paço abriga exposições permanentes e temporárias e escolas de dança e música, além de um centro de documentação, um estúdio de gravação e uma rádio online. É uma parceria da Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, com a Fundação Roberto Marinho.
Grandes nomes da cultura pernambucana, como o escritor Ariano Suassuna, o artista plástico Abelardo da Hora, o maestro Spok, o músico Antônio Nóbrega e o cantor Claudionor Germano prestigiaram a inauguração.
Instalada num casarão colonial fincado no centro histórico da cidade, a Casa da Cultura de Paraty completou 10 anos de atividade em março. A agenda de comemorações incluiu exposições, shows, exibição de filme e peça de teatro.
O Museu de Arte do Rio – MAR é uma das âncoras culturais do Porto Maravilha. Foi inaugurado como parte da comemoração dos 448 anos do Rio de Janeiro, dia 1º de março.
Suas exposições unem dimensões históricas e contemporâneas da arte por meio de mostras de longa e curta duração, de âmbito nacional e internacional. O museu também inscreve a arte no ensino público, por meio da Escola do Olhar.
Os versos fortes e a personalidade irreverente de Cazuza marcaram a história da música brasileira e influenciam gerações mais de 20 anos após sua morte. Em homenagem a ele, batizado Agenor de Miranda Araújo Neto, o Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, inaugurou em outubro a exposição “CAZUZA mostra sua cara”, com curadoria do arquiteto e cenógrafo Gringo Cardia. Foi a primeira mostra do museu dedicada a um criador que se destacou como compositor e não como escritor.
A exposição “CAZUZA mostra sua cara” foi uma iniciativa do Governo do Estado de São Paulo, do Museu da Língua Portuguesa e do ID Brasil, com realização da Fundação Roberto Marinho e do Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e conta com patrocínio das Organizações Globo.
Os 35 anos do Telecurso foram comemorados com festa no Teatro Tom Jobim, no Rio de Janeiro,
em maio. Os atores Antônio Fagundes e Roberta Rodrigues apresentaram a cerimônia. Na plateia, alunos, ex-alunos, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e governadores dos estados onde o Telecurso é adotado como política pública.
Lançamento do projeto de educação ambiental Florestabilidade, que tem o objetivo de despertar o interesse dos jovens pelas oportunidades de carreira e empreendedorismo florestal e fortalecer as capacidades da assistência técnica rural na Amazônia.
A exposição “Fernando Pessoa, Plural como o Universo” chegou à Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. A mostra incluiu poemas, textos, documentos, fotografias e pinturas, convidando o visitante a ler, ver, sentir e ouvir a obra do autor e dos seus heterônimos.
A exposição, inaugurada em São Paulo em 2010 e exibida no Rio de Janeiro no ano seguinte, foi parceria da Fundação Roberto Marinho com o Museu da Língua Portuguesa, com o apoio da Calouste Gulbenkian.
No ano em que completava três décadas, o Prêmio Jovem Cientista teve como tema as ‘Cidades Sustentáveis’. Eram abordados desafios como planejamento urbano, transporte, políticas para a questão do lixo, recursos energéticos e arquitetura sustentável.
O programa Multicurso Matemática, antes restrito aos educadores do Ensino Médio, amplia a atuação para professores do Ensino Fundamental no estado do Espírito Santo. Implementado no Espírito Santo entre 2008 e 2013, o Multicurso Matemática é considerado um dos responsáveis pelo avanço do desempenho dos estudantes na disciplina no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) . Na prova realizada em 2012, o resultado em Matemática saltou de 397,3 (em 2009) para 414 pontos, o terceiro lugar no ranking nacional.
Resultado de parceria com a hidrelétrica Itaipu Binacional, o Multicurso Água Boa é uma metodologia de formação continuada em gestão de bacias hidrográficas. Dedicado a mobilizar técnicos de meio ambiente, líderes comunitários, professores e outros atores locais chave, o programa estrutura o mapeamento de microbacias, a identificação dos problemas, a concepção de planos de ação e a participação efetiva do cidadão na gestão da água. O programa, inicialmente desenvolvido para a Bacia do Paraná 3, pode ser adaptado a outras regiões.
O programa de educação foi implementado em escolas de Belo Horizonte, a partir de parceria entre a Secretaria Municipal de Educação e a Fundação Roberto Marinho. O Floração atendeu estudantes em defasagem idade-ano e da Educação de Jovens e Adultos (EJA). A partir de um currículo único, de abrangência nacional, o Telecurso mergulha na cultura e nas características de cada região em que é implementado e as incorpora à dinâmica das aulas. Assim, o estudante vivencia o conhecimento a partir da sua própria experiência e é incentivado a ser protagonista de sua aprendizagem.
A exposição “Fernando Pessoa, plural como o universo” ocupou o Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, a partir de agosto de 2010. No ano seguinte, foi montada no Centro Cultural dos Correios, no Rio de Janeiro. Com curadoria de Carlos Felipe Moisés e Richard Zenith e projeto cenográfico de Helio Eichbauer, a exposição mostrou a multiplicidade da obra de Pessoa e conduziu o visitante a uma viagem sensorial pelo universo do poeta, fazendo-o ler, ver, sentir e ouvir a materialidade de suas palavras.
A mostra passeava pelos versos dos famosos heterônimos do poeta – Alberto Caeiro, Ricardo Reis, Álvaro de Campos, Bernardo Soares – e de Pessoa “Ele-mesmo”. Também reunia raridades, como a primeira edição do livro Mensagem, único publicado por Pessoa em vida, e os dois números da revista Orpheu, um marco do modernismo em Portugal. A exposição foi uma realização da Fundação Roberto Marinho e do Governo do Estado de São Paulo através do Museu da Língua Portuguesa, com patrocínio da Rede Globo, do Itaú, do Banco Caixa Geral – Brasil e da Fundação Calouste Gulbenkian e com apoio do Consulado Geral de Portugal, da Casa Fernando Pessoa (Lisboa), do Centro Cultural dos Correios e do Ministério da Cultura por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
Canal Futura inaugurou a primeira Sala Futura no Rio de Janeiro. O espaço fica no Centro Cultural Waly Salomão, criado pelo Grupo AfroReggae, em Vigário Geral. As Salas Futura são espaços organizados em parceria com instituições sociais, com o objetivo de dar acesso à programação e a kits pedagógicos do Canal e promover a troca de saberes entre jovens, educadores e a comunidade.
O programa “Um Pé de Quê?“, apresentado por Regina Casé, comemorou dez anos de sucesso na tela do Canal Futura com temporada gravada no Japão. Também foram lançados os livros “Pau Brasil” e “Seringueira”, que fazem parte de uma série sobre os biomas brasileiros.
O Tom da Caatinga é um desdobramento dos projetos Tom da Amazônia (2006), Tom do Pantanal (2003) e Tom da Mata (1998), da Fundação Roberto Marinho, Furnas Centrais Elétricas e do Instituto Antonio Carlos Jobim, com apoio da Lei de Incentivo a Cultura do Ministério da Cultura.
A série pretende contribuir para a preservação ambiental da região da caatinga, promovendo a educação ambiental e musical nas escolas. A obra de grandes compositores nordestinos – como Luiz Gonzaga, Humberto Teixeira e Catulo da Paixão Cearense – conduz o telespectador em uma viagem pelo sertão.
Maior paisagista do século XX, Roberto Burle Marx completaria um século no dia 4 de agosto de 2009. Para celebrar a data, o Paço Imperial, no Rio de Janeiro, abrigou, a partir de dezembro de 2008, a exposição “Roberto Burle Marx 100 anos: A Permanência do Instável”.
A mostra reuniu 335 obras de autoria do artista – pinturas (como na foto acima), cenários, figurinos, desenhos, guaches, litogravuras e painéis. O térreo foi ocupado por um jardim criado pelo escritório Burle Marx & Cia, administrado por Haruyoshi Ono, amigo e sócio de Burle Marx.
O Museu do Futebol foi inaugurado no dia 29 de setembro de 2008, na entrada principal do Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, o Estádio do Pacaembu, em frente à Praça Charles Miller, em São Paulo. A partir dos três eixos que norteiam a visita – emoção, história e diversão -, o museu mostra não só a história do esporte, mas do país. O visitante descobre como o futebol ajudou a formar a identidade brasileira – e como a cultura brasileira ajudou a transformar o futebol.
O Telecurso é adotado como política pública de ensino pelo Governo do Estado de Pernambuco para diminuir a defasagem idade-ano. O programa Travessia, lançado em junho de 2007, teve início no Ensino Médio. Desde 2010, atende também estudantes do Ensino Fundamental.
O Museu da Língua Portuguesa é a primeira instituição totalmente dedicada a um idioma. O público é convidado para uma viagem sensorial e subjetiva pela língua, por meio de experiências interativas e várias linguagens expositivas. O objetivo é fazer com que as pessoas se surpreendam e descubram novos aspectos do idioma que falam, leem e escrevem.
Para abrigar o museu, foi restaurada a histórica Estação da Luz, no coração de São Paulo. Ponto de chegada dos imigrantes em São Paulo, a Luz recebia sotaques e idiomas de todo o mundo.
A mostra em homenagem a Guimarães Rosa e aos 50 anos de publicação de sua obra-prima, “Grande Sertão: Veredas”, inaugurou o espaço de exposições temporárias do Museu da Língua Portuguesa. O visitante entrava em contato com palavras, expressões, frases e até páginas inteiras do livro, numa viagem de descoberta da linguagem criativa através da leitura.
Os módulos da exposição, criada pela diretora Bia Lessa, foram montados como um grande canteiro de obras, com tijolos, latões, tábuas e restos de telha, que serviam de suporte para as passagens do romance. Em 2007, a exposição foi montada no Museu de Arte Moderna, no Rio de Janeiro.
A Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé foi fundada no final do século XVI. Em 2006, a prefeitura do Rio de Janeiro escolheu o templo como o símbolo das comemorações dos 200 anos da chegada da Família Real ao Brasil, que se realizariam em 2008. Diante do precário estado de conservação do monumento, convidou a Fundação Roberto Marinho para realizar os trabalhos de recuperação. A restauração incluiu o interior e as fachadas laterais e dos fundos, além de obras de infra-estrutura, e foi concluída em 2008.
Na cripta, que já guardava os restos mortais do cardeal Arcoverde, foi colocada a urna com os restos mortais de Pedro Álvares Cabral, antes localizados em outra área da construção. A igreja também ganhou um Museu de Sítio Arqueológico.
A iniciativa incluiu a criação de um espetáculo de Som e Luz, que contava parte da história da igreja e mostrava os principais personagens relacionados com o templo, como Dom João VI, Dom Pedro I e Dom Pedro II. Atualmente o espetáculo está suspenso.
A Lei 10.097/2000, conhecida como Lei da Aprendizagem, determina que empresas de médio e grande porte destinem de 5% a 15% de seus quadros à contratação de jovens de 14 a 24 anos como aprendizes. Determina, ainda, que os jovens participem de um curso correspondente à ocupação que vão desenvolver na empresa. Com base nessa lei, a Fundação Roberto Marinho criou, em 2006, o Aprendiz Legal, um programa de aprendizagem voltado para a formação e inserção de jovens no mundo do trabalho. Ao mesmo tempo, o Aprendiz Legal auxilia as empresas, principalmente as de pequeno e médio porte, a cumprir a Lei da Aprendizagem.
O Telecurso começou um novo ciclo em 2006. A Fiesp e a Fundação Roberto Marinho lançaram uma série de medidas para aumentar sua abrangência: ampliação de conteúdos e inclusão de novas ações, disciplinas e tecnologias. Nasceu, assim, o Novo Telecurso.
Foram produzidos 70 novos programas de TV (na foto, Caio Blat e Dedina Bernadelli em cena) e mais de mil aulas passaram por revisão. Foram incluídas as disciplinas de Filosofia, Artes Plásticas, Música, Teatro e Sociologia , que passaram a integrar os materiais do ensino médio. O currículo é o mesmo do ensino regular, aprovado pelo MEC.
O programa intensificou o objetivo de enfrentar os três principais problemas da educação no Brasil – a aceleração de estudos, a oferta de ensino em lugares onde não é possível adotar o modelo convencional e a educação de jovens e adultos. Consolidou-se como política pública de ensino nos estados do Acre, Amazonas, Pernambuco e Rio de Janeiro e no Distrito Federal.
O programa oferece curso de formação técnica e profissional. Em parceria com Governo do Estado de São Paulo e CEETEPS, é voltado para adultos trabalhadores e jovens do ensino médio.
O programa, parceria com a Agência Nacional de Águas (ANA), tem por objetivo ampliar o conhecimento dos estudantes da educação básica sobre bacias hidrográficas e inseri-los no processo da gestão participativa da água. O projeto é mediado por professores, formados pelo projeto, e envolve a iniciação científica dos estudantes, com a observação, experimentação e registro da situação da bacia hidrográfica onde está inserida a escola.
Com material educativo audiovisual e impresso, o Caminho das Águas foi adotado em escolas da rede pública nas bacias hidrográficas do Paraíba do Sul, São Francisco, Doce e Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), envolvendo 4.366 professores de duas mil escolas. A metodologia pode ser aplicada em outras bacias hidrográficas do país.
Projeto de valorização da história e cultura afro-brasileira, A Cor da Cultura dá visibilidade a ações afirmativas promovidas pela sociedade. Foram desenvolvidos programas, livros pedagógicos, glossário, CD e jogo sobre o tema, distribuídos para escolas e instituições sociais.
A série de programas é exibido pelo Canal Futura. O projeto foi apoiado pelo MEC, que contribuiu para a elaboração do kit e viabilizou a ampliação de sua distribuição e implementação. A “Cor da Cultura” é fruto da parceria entre a Petrobras, a SEPPIR – Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, o CIDAN – Centro de Documentação do Artista Negro, a TV Globo e o Canal Futura.
O Tom da Amazônia é um projeto de educação ambiental e musical que pretende contribuir para a preservação da maior floresta tropical do mundo. Desdobramento dos projetos Tom da Mata e Tom do Pantanal, lançados em 1998 e em 2003, que utilizam a obra de Tom Jobim e sua paixão pela natureza para apresentar os biomas brasileiros.
O kit educativo foi distribuído para escolas da rede pública dos estados do Amazonas, Pará, Rondônia, Acre e Goiás, tendo como público-alvo alunos e professores do ensino fundamental. O material inclui programas de TV, CD com músicas de Tom Jobim e músicos da região, livros, mapa e jogo educativo.
Foi desenvolvido em parceria com Furnas Centrais Elétricas, Eletrobrás, Eletronorte, Instituto Antônio Carlos Jobim e Ministério da Cultura.
A Casa da Cultura de Paraty foi inaugurada em 2004 depois da restauração do casarão histórico. O espaço se dedica a preservar e difundir a cultura e a história da cidade, além de abrigar eventos importantes para a vida da região. As obras de recuperação do sobrado terminaram em julho de 2003, quando o espaço sediou a primeira edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip).
A recuperação da Igreja de São Francisco de Assis, mais conhecida como Igreja da Pampulha, foi iniciada em 2003. O desafio era restaurar o trabalho arquitetônico assinado por Oscar Niemeyer, e construído cerca de 60 anos antes.
A cobertura da nave da igreja foi recuperada e os 14 quadros da Via Sacra, de autoria de Portinari, passaram por uma limpeza. O mural do altar, também de Portinari, ganhou proteção especial. Além disso, foram feitas a recuperação dos azulejos e a limpeza do batistério – que tem um baixo-relevo em bronze desenhado por Alfredo Ceschiatti.
O projeto de iluminação criado por Mônica Lobo valorizou o interior e o exterior da igreja, destacando ainda mais as formas arredondadas do trabalho de Niemeyer. O projeto recebeu dois prêmios internacionais de desenho de luz.
Nos jardins,o escritório Burle Marx e Cia, do paisagista que assinou o projeto em 1943, recuperou o desenho original. O restauro se estendeu até 2005, ano em que foram desenvolvidas, com o apoio do Projeto Portinari, cursos e oficinais para professores e estudantes de Belo Horizonte, a respeito da História da arquitetura e do país. Também foi realizado seminário que reuniu nomes internacionais da arquitetura.
O programa Multicurso Matemática foi desenvolvido com o objetivo de contribuir para a qualificação da educação básica brasileira, investindo na formação continuada de educadores do Ensino Médio. O projeto conta com apoio de material didático multimídia concebido por uma equipe de especialistas em Comunicação, Educação e Matemática.
O Multicurso articula momentos presenciais e à distância. Os educadores organizam-se em grupos de estudo de matemática e também trocam experiências em um ambiente virtual colaborativo. Em 2003, o programa teve uma aplicação-piloto no estado de Goiás. Logo no ano seguinte, o Multicurso foi implementado em toda a primeira série do ensino médio da rede pública daquele estado, sendo expandido, em 2005 e 2006, para as outras séries.
Em 2007, a Fundação Roberto Marinho começou a desenvolver o Multicurso Ensino Fundamental, em parceria com a Gerdau, e o Multicurso Água Boa, com Itaipu Binacional.
Desde o início do Telecurso 2º Grau, em 1978, a Fundação Roberto Marinho já planejava estender o projeto ao primeiro segmento do ensino fundamental. Em 2003, a idéia foi finalmente consolidada, numa parceria com a Fundação Vale, que culminou na criação do Tecendo o Saber.
O projeto oferece uma alternativa pedagógica para que jovens e adultos tivessem acesso à escolaridade formal do 1º ao 5º ano e foi oficializado no Dia Internacional da Alfabetização, dia 8 de setembro de 2003. É resultado de parceria com a Fundação Vale e o MEC, responsáveis pelas aquisições dos materiais didáticos e pela seleção dos municípios para implementação.
A Fundação Roberto Marinho faz acompanhamento pedagógico e formação continuada dos professores na metodologia do projeto e participou da elaboração do material pedagógico, que inclui livros e vídeos. As teleaulas contam com atores conceituados, como Alexandre Borges (foto acima).
No desenvolvimento dos conteúdos da coleção, a Fundação contou com a consultoria do Instituto Paulo Freire. A série foi estruturada a partir de um eixo gerador – a migração no Brasil – com o objetivo de fomentar a discussão sobre a pluralidade cultural e a diversidade étnica do país. As primeiras telessalas foram implementadas no Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Rio de Janeiro, Pará, Amazonas, Maranhão, Minas Gerais e Espírito Santo.
O programa Maré do Saber atendeu jovens e adultos moradores da comunidade da Maré, Zona Norte do Rio de Janeiro, que não tinham concluído o ensino fundamental. Além do currículo básico, os estudantes tiveram aulas de informática, cidadania, direitos humanos, saúde e turismo e empreendedorismo. A iniciativa foi parceria com o Instituto Unibanco e o Viva Rio. As atividades complementares incluíram ainda passeios culturais e participação nas ações do Viva Rio, como as campanhas pelo desarmamento e pela doação de sangue.
Após conhecer o espetáculo de Som e Luz em Missões (RS), a diretora do Museu Imperial, Maria de Lourdes Parreiras Horta, manifestou o sonho de fazer projeto similar nos jardins da construção em Petrópolis.
O desafio da equipe da Fundação e do diretor do espetáculo, Ricardo Nauemberg, era produzir um espetáculo inovador e educativo. Na apresentação, o público faz um percurso pelos jardins. O roteiro, com argumento de Pedro Correa do Lago e autoria de Isabel Lustosa, inicia-se com uma viagem do Rio de Janeiro a Petrópolis para o Baile das Princesas, e conta a história da fundação da cidade e da construção do palácio. Em seguida, surge uma enorme cortina d’água, em que um filme de média-metragem retrata os principais episódios ocorridos durante o império de D. Pedro II, até a Proclamação da República.
O programa de educação ambiental e musical se espelho no sucesso do Tom da Mata. Material educativo foi distribuído para as escolas dos estados na região do Pantanal.
A água é o fio condutor do programa. Com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a importância de preservar o Pantanal, o kit com vídeos, CD e livros passeia pela região e pelas histórias dos animais, das plantas e do povo do lugar. A música de Tom Jobim se une à criação de músicos da região, como Almir Sater. Obras de Manoel de Barros, poeta mais conceituado da região, dão um toque especial ao projeto.
O Tom do Pantanal foi parceria com Furnas, Instituto Antônio Carlos Jobim e Lei Federal do Incentivo à Cultura.
O Telecurso Poronga foi idealizado com os objetivos de corrigir a distorção idade-ano e reduzir a evasão escolar dos alunos dos ensinos fundamental e médio da rede pública estadual de ensino do Acre. O nome do programa, inspirado no suporte de lamparina de querosene usado na cabeça pelos seringueiros para iluminar o caminho à noite no seringal, foi escolhido por um dos professores participantes.
A ação representou um novo desafio, em razão da dificuldade de acesso e infra-estrutura da região, sobretudo no que se refere à falta de energia elétrica. Para equacionar o problema, a Secretaria de Educação, com apoio das prefeituras e comunidades, instalou placas solares para que os estudantes pudessem assistir aos vídeos das aulas do Telecurso 2000 e dos projetos pedagógicos complementares.
As ações do projeto priorizaram e valorizaram a cultura acreana, que norteou a produção do material pedagógico para apoio à dinâmica curricular. Entre eles, o Caderno de Cultura do Acre, fonte de textos históricos, poesias e fotos. Lançado em 2003, o Caderno conta histórias sobre os povos que formaram o estado, lendas, costumes e a influência indígena no uso de ervas, nas artes, na culinária e nas festas.
O Telecurso 2000 – Quilombos foi criado em 2002 pela Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República, em parceria com a Fundação Roberto Marinho e o Instituto Multiplicar. A iniciativa de inclusão social ofereceu ensino fundamental a jovens e adultos de comunidades remanescentes de quilombos.
Sua implantação começou em Goiás, nas comunidades Kalunga dos municípios de Teresina de Goiás e Cavalcante. No ano seguinte, expandiu-se para as comunidades em Senhor do Bonfim, na Bahia, e Garanhuns e Salgueiro, em Pernambuco.
Os participantes das telessalas enfrentaram diversos desafios. As longas distâncias e as condições precárias dos caminhos dificultaram o acesso, e muitos tiveram que subir serras e remar longas distâncias. Muitas vezes, era preciso esperar horas para conseguir atravessar um rio. As ações incluíram também o livro ‘Histórias que nos inspiram’, lançado pela Fundação em conjunto com o Instituto Multiplicar. Na obra, alunos e educadores relatam histórias vividas no programa, que considerou o cunho histórico e o significado da palavra quilombo – reafirmação da luta pela sobrevivência.
O programa Tempo de Acelerar foi implementado no Amazonas para oferecer escolaridade formal a jovens e adultos em defasagem idade-ano. Em 2000, o índice de distorção no ensino fundamental no estado alcançava 58,3%.
Como alternativa, o governo estadual buscou a parceria da Fundação para a formação daqueles que, por diferentes fatores, não tiveram a oportunidade de concluir seus estudos. O projeto foi além de seu objetivo inicial, consolidando a compreensão da educação como estratégia básica para uma formação-cidadã.
Em todo o estado foram implementadas cerca de 3.400 telessalas, atendendo aproximadamente cem mil alunos nos ensinos Fundamental e Médio. Professores e gestores participaram de capacitação na metodologia do Telecurso e de seus materiais pedagógicos.
O projeto foi implementado pelo Governo do Ceará para reduzir os altos índices estaduais de defasagem idade-ano: 67,2% no ensino fundamental e 43,3% no ensino médio. Para inverter o quadro, a Secretaria de Estado de Educação buscou a parceria da Fundação Roberto Marinho, do Instituto Multiplicar e das prefeituras de 184 municípios para a implantação da metodologia do Telecurso 2000.
Um dos primeiros passos foi traçar um perfil socioeconômico da demanda para enfrentar os desafios assumidos. O diagnóstico apontou uma questão relevante: os alunos deixavam a escola porque diziam não aprender nada que lhes desse condições de buscar um melhor emprego ou de se aperfeiçoar no que já faziam. Com base nos dados apurados, concebeu-se a formação continuada de educadores e gestores das telessalas, além de atividades complementares, como aulas-passeio, práticas esportivas, mostras culturais, palestras e oficinas.
Em 2002, os resultados superaram as expectativas: 92,6% de aprovação no ensino fundamental e 94,4%no ensino médio. Os indicadores altamente positivos levaram a Secretaria a dar continuidade ao investimento. No ano seguinte, duplicaram-se as ações do projeto. O número de telessalas chegou a 4.100, atendendo mais de 700 mil alunos.
Uma década depois da restauração do Cristo Redentor, o então arcebispo Dom Eugênio Salles solicitou o apoio das Organizações Globo para a realização de obras de conservação da estátua. A Fundação realizou as obras de conservação e a instalação de acesso por elevador e escada rolante da base ao belvedere do Cristo, para ampliar a visitação ao monumento.
A estátua vinha perdendo o seu revestimento em mosaico de pedrasabão, e o diagnóstico, elaborado durante os traba-lhos de restauro, indicou a presença de sais na argamassa de assentamento. A solução, inédita no Brasil, foi implantar a proteção catódica – instalação, no interior da estrutura, de uma tela de titânio eletrificada capaz de atrair os sais que migravam para a parte externa.
Ao projetar os elevadores e as escadas rolantes, houve o cuidado em não comprometer a topografia, implantando os equipamentos de modo a não interferir visualmente nem com a estátua do Cristo Redentor nem com a paisagem.
O Tom da Mata desperta para a educação e a consciência ambiental a partir da música de Tom Jobim. A implantação do programa se iniciou em 1998, em escolas da rede pública de ensino de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Goiás, Bahia e Distrito Federal.
A ideia tomou forma depois que Paulo Jobim, filho de Tom, revelou que o pai tinha o desejo de criar um programa que relacionasse a proteção do meio ambiente à sua música. O objetivo do Tom da Mata é sensibilizar a sociedade para a importância de preservar a Mata Atlântica e disseminar o conhecimento da cultura regional.
As ações são desenvolvidas com base em um kit, composto por material audiovisual com músicas de Tom Jobim e outros compositores sobre a natureza; livros e atividades de educação musical; jogo educativo com elementos da Mata Atlântica e sementes de espécies locais. Os programas de TV foram veiculados pelo Futura.
O programa foi parceria com Furnas Centrais Elétricas, Instituto Antônio Carlos Jobim e Ministério da Cultura, com apoio da Lei de Incentivo à Cultura.
Em 1996, a Igreja Nossa Senhora da Lapa dos Mercadores, construída no século 18, estava em estado precário de conservação. Para a restauração, mobilizou-se uma parceria com a American Express Foundation, que dispunha de programa de apoio a monumentos em risco. Na primeira etapa, foram feitos o levantamento arquitetônico, o diagnóstico do estado de conservação, a recuperação de parte da cobertura e dos telhados e a delicada atividade de restauração dos revestimentos, da decoração e das pinturas da cúpula da nave. A segunda etapa foi realizada entre 1997 e 1999, em parceria com o BNDES. O trabalho compreendeu as obras de recuperação das fachadas e a execução de projetos de hidráulica, rede elétrica e iluminação. Também foram feitas obras de adaptação, finalização das coberturas e telhados e, principalmente, a realização do restauro artístico. Imagens e ornamentos danificados, parte do mobiliário e o lustre central puderam ser recuperados e voltaram a brilhar.
O Petit Trianon foi construído em 1922, para sediar o pavilhão da França durante a Exposição Internacional do Rio de Janeiro. Trata-se de réplica do Petit Trianon construído em 1763 por Jacques-Ange Gabriel nos parques de Versalhes. Ricamente decorado em seu interior, e com rígidas linhas clássicas em suas fachadas, o prédio passou a sediar a ABL a partir de 1923.
Com a posse de Roberto Marinho como imortal da ABL, surgiu a oportunidade de recuperar esse importante monumento para a arquitetura e para a cultura brasileira. As fachadas foram restauradas e ganharam nova iluminação. Os jardins do entorno do prédio receberam projeto paisagístico do Sítio Burle Marx, que valorizou a estátua do fundador da Academia, Machado de Assis. No jardim lateral, foi criada uma área de eventos, com espécies nativas e tropicais. A recuperação foi parceria com a GE Iluminação e Rioluz.
Após a restauração da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, o Banco Real solicitou à Fundação Roberto Marinho que se dedicasse a um projeto em Belo Horizonte. Após a análise de diversas alternativas, a escolha, em conjunto com a Prefeitura local, voltou-se para a restauração do então Museu de Arte de Belo Horizonte, sediado no antigo Cassino da Pampulha. Obra do arquiteto Oscar Niemeyer, o museu fora construído em 1940 e já estava em processo de recuperação pela Prefeitura.
O projeto privilegiou a restauração da parte interna do antigo cassino e o tratamento de 1.600 obras de arte, que foram catalogadas e devidamente acondicionadas em nova reserva técnica. A iniciativa incluiu ainda a produção de um CD-ROM que permitia o acesso a todo o acervo do museu. Com o objetivo de fortalecer sua identidade e indicar seu nobre endereço, o museu ganhou novo nome: Museu de Arte da Pampulha. A iniciativa foi parceria com o Banco Real e a Prefeitura de Belo Horizonte.
O projeto Teatro Apolo nasceu do desejo de contribuir para a revitalização do bairro do Recife Antigo, que recebeu apoio da Fundação Roberto Marinho em 1993, por meio do projeto Cores da Cidade. A proposta era criar uma atração diferenciada – novo teatro e cinema – para o bairro, onde vários restaurantes e casas de espetáculos se instalaram, ampliando as possibilidades de lazer e cultura dos usuários. O programa conduzido pela Fundação consistiu na recuperação de toda a edificação e na renovação da infra-estrutura de teatro.
Uma parceria histórica entre a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e a Fundação Roberto Marinho deu origem ao que viria a se tornar um dos mais bem-sucedidos projetos de teleducação do Brasil: o Telecurso 2000 , lançado em 1995. Fruto das experiências anteriores com o Telecurso 2º Grau e o Telecurso 1º Grau, o projeto foi especialmente concebido para milhões de brasileiros que não concluíram, por algum motivo, os ensinos fundamental e médio.
Desde 1995, Telecurso vem sendo reconhecido como uma metodologia que promove um salto de qualidade na educação, tendo beneficiado mais de 7 milhões de pessoas nas telessalas implantadas em todo o Brasil.
O Telecurso trabalha com o currículo essencial, complementado por temas transversais, como empreendedorismo, segurança alimentar, protagonismo da juventude, saúde, entre outros. Incorporou, também, novos módulos como educação para o trabalho, para a cidadania, defesa do patrimônio e dos bens naturais, além das habilidades básicas necessárias para o bom desempenho profissional e como cidadão.
Em 1993, diante da necessidade de restauração no prédio da Biblioteca Nacional, o então diretor da instituição, Affonso Romano de Sant’Anna, buscou apoio da Fundação Roberto Marinho para divulgar campanha em que buscava parceiros.
Vislumbrou-se a possibilidade de a Fundação ser a parceira que a biblioteca procurava. Uniu-se ao projeto o Banco Real, com quem a Fundação atuou na recuperação do Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, e com quem concluiu o Parque do Ibirapuera, em São Paulo. O Saguão Nobre e a fachada da Biblioteca foram restaurados. Todas as clarabóias, vitrais, coberturas e fachadas foram restauradas e as instalações elétricas e hidráulicas foram revisadas por profissionais especializados. Os jardins na fachada posterior receberam paisagismo de Roberto Burle Marx, num de seus últimos projetos, e criou-se um anfiteatro para leituras e encenações.
O Bairro do Recife, e em especial o Polo do Bom Jesus, é considerado o marco zero da cidade. Foi nas cercanias do cais que a cidade começou a tomar impulso. No início da década de 1990, a Rua do Bom Jesus, antiga Rua dos Judeus – onde funcionou a primeira sinagoga das Américas –, estava praticamente abandonada. Para revitalizar a área, a Prefeitura do Recife decidiu pela parceria com o projeto Cores da Cidade, iniciativa bem-sucedida no Rio de Janeiro também em 1993.
Depois da restauração, um plano diretor com foco econômico foi elaborado pela Prefeitura e não demorou para que os primeiros bares e restaurantes surgissem junto com as novas cores dos edifícios.
Em 1999, uma segunda etapa deu continuidade ao projeto de preservação do Pólo do Bom Jesus. O Bairro do Recife, àquela altura, já se consolidava como destino de entretenimento, lazer e turismo da cidade, e se tornava patrimônio nacional, tombado pelo Iphan.
Em 1991, o Banco Real e a Fundação Roberto Marinho decidiram recuperar e restaurar diversos elementos arquitetônicos, escultóricos e paisagísticos do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Suas ações principais foram a reforma da portaria principal; a construção de portaria na Rua Pacheco Leão; a recuperação do conjunto do Cactário; a manutenção do Orquidário; a construção do Bromeliário; e a limpeza e recuperação do Portal da antiga Academia de Belas Artes (foto).
Foram restaurados chafarizes e esculturas, as pérgulas de ferro e os sete bebedouros franceses, o gradil da Rua Jardim Botânico e as principais pontes. As estátuas de Eco e Narciso, de autoria de Mestre Valentim, as primeiras fundidas no Brasil, foram recuperadas e reunidas. Devido ao estado de conservação, foram feitas réplicas. O projeto incluiu também nova sinalização e forte campanha para visitação, com eventos que reintegraram o parque à vida da cidade.
Na Rio-92, a Conferência Mundial para o Meio Ambiente, foi criado o Bosque das Nações, que recebeu autoridades estrangeiras, convidadas a plantar uma espécie brasileira ameaçada de extinção. Entre as personalidades, estiveram a ex-presidente da Irlanda Mary Robinson; o ex-presidente da União Soviética Mikhail Gorbachev; o ex-presidente de Portugal Mário Soares; e a então ministra do Meio Ambiente da França, Segolène Royal. Ao final do projeto, entre 1991 e 1993, a visitação do Jardim Botânico havia quadruplicado. As gestões sucessivas mantiveram o campus e ampliaram as melhorias.
Os índices de analfabetismo entre trabalhadores na construção civil no Brasil na década de 1990 eram alarmantes. No Nordeste, estimava-se que 90% dos empregados do setor eram analfabetos. Essa situação gerava mão-de-obra desqualificada, incapacidade de fixação no emprego e acidentes de trabalho.
O Sinduscon/RJ lançou, em 1990, o projeto Alfabetizar É Construir, destinado à educação do trabalhador da área. A iniciativa, com orientação educacional do Sesi e coordenação da educadora Célia Macieira, buscava motivar os trabalhadores para a alfabetização, a qualificação profissional e o exercício da cidadania. Em 1991, a Fundação tornou-se parceira, ao participar da campanha de mobilização do empresariado do setor para a implantação de salas de aulas em canteiros de obras.
O projeto Alfabetizar É Construir desenvolveu metodologia própria, baseada nos conceitos criados pelo educador Paulo Freire. Em 1992, a Fundação desenvolveu um telecurso com sete programas de vídeo e os livros didáticos para a alfabetização dos operários. Lançado em seis estados-pólo (Rio de Janeiro, Pará, Paraná, Pernambuco, Minas Gerais e Mato Grosso). Em 1993, o projeto atingiu 17 estados e em 2000 havia alfabetizado cerca de 11 mil operários só na cidade do Rio de Janeiro.
Parceria com TV Globo, Sinduscon/Rio, Sesi-DN e Seneb/MEC.
Com a chegada dos anos 1990 e a proximidade da realização da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (também conhecida como Rio-92), entidades ambientalistas brasileiras e internacionais começavam a demandar que a discussão ecológica ganhasse espaço na mais importante fonte de informação do brasileiro: a televisão.
No dia 4 de novembro de 1990, um domingo, o “Globo Ecologia” estreou na Rede Globo. Dirigido por Cláudio Savaget, o programa apresentou um panorama da Mata Atlântica, alertando para a devastação e destacando as iniciativas para a conservação. O “Globo Ecologia” foi ao ar na Globo até 2014, com uma linguagem clara e direta que mostrava ao telespectador como o meio ambiente influencia o cotidiano. O objetivo era contribuir na formação de uma consciência ambiental crítica.
Atores como Edson Celulari, Cássia Kiss, Marcos Winter, Kadu Moliterno, Marcos Frota, Claudio Fontana, Drica Moraes, Cláudio Heinrich e Guilherme Berenguer apresentaram o programa.
Lançado em 1982, o programa Quem Lê Jornal Sabe Mais foi criado por Péricles de Barros, então gerente de promoções do jornal O Globo, para atender às turmas do segundo segmento do ensino fundamental. O projeto contou, em seus oito anos iniciais, com a coordenação de Afonso Faria e a parceria da Prefeitura do Rio, através da Secretaria Municipal de Educação.
Em 1990, o modelo foi reformulado para ganhar maior amplitude e aperfeiçoar seu conteúdo didático, passando a contar com a coordenação técnico-pedagógica da Fundação Roberto Marinho.
O projeto previa a capacitação de professores no uso do jornal aplicado aos diversos temas do currículo. Ao longo de um mês, os alunos das escolas selecionadas recebiam uma assinatura de O Globo para o desenvolvimento de seu trabalho. Com a realização das ações, os docentes participavam de reuniões periódicas de avaliação.
A partir de 1993, o próprio jornal O Globo retomou a organização e a gestão pedagógica do programa
O Vídeo Escola foi lançado em 15 de outubro de 1989, com o propósito de fortalecer a prática pedagógica dos professores dos ensinos fundamental e médio, além de complementar o currículo escolar, por meio de um acervo de programas de TV de qualidade.
A prioridade do Vídeo Escola era adequar os avanços tecnológicos à construção de uma telepedagogia para a escola brasileira, dinamizando as situações de aprendizagem em sala de aula e estimulando a criatividade e a consciência crítica do aluno.
O acervo era constituído de 545 programas, divididos entre documentários, filmes, reportagens e animações. Como material de apoio, foram produzidos catálogos com as sinopses dos programas e cadernos do professor. Para atingir os objetivos, equipes pedagógicas da Fundação atuaram na formação continuada dos professores para a utilização adequada do vídeo na sala de aula. O programa abrangeu ainda seminários internacionais e encontros estaduais e regionais.
O Vídeo Escola foi realizado em parceria com a Fundação Banco do Brasil e as secretarias de Educação de todo o país.
O prédio concebido pelo arquiteto Grandjean de Montigny é uma das primeiras experiências de arquitetura neoclássica no Rio de Janeiro. A influência portuguesa e a tradição colonial refletem-se na cobertura, complexa e de características quase barrocas, que se opõem às linhas neoclássicas do restante do prédio, traduzindo simbolicamente a relação Brasil-França.
O programa de recuperação do imóvel foi tocado pela Fundação Roberto Marinho, que contou como apoio da Fundação Pró- Memória para a conclusão das obras. O projeto museográfico de Pierre Catel propunha linguagens que passavam por projeções audiovisuais, multimídia, um banco de dados e exposições e conferências.
Em 1996, a Fundação voltou a trabalhar na recuperação dos telhados da Casa e de sua fachada, a partir de obras de conservação e da realização do projeto Canteiro- Escola, que formou 20 jovens carentes em ofícios ligados à preservação do patrimônio arquitetônico. A equação de gestão levou à criação de uma fundação, vinculada à Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro. Hoje, a Casa funciona como sedia inúmeras exposições relevantes.
Os parceiros foram Iphan / Pró-Memória, Rhodia e Governo do Estado do Rio de Janeiro.
Com o intuito de despertar a curiosidade científica dos jovens e da população brasileira em geral, a Fundação Roberto Marinho e a Hoechst do Brasil conceberam em 1986 o projeto Ciranda da Ciência. O programa foi elaborado por especialistas da Funbec e se destinava prioritariamente aos alunos do segundo segmento do ensino fundamental. A proposta buscava fazer da pesquisa científica uma atividade descontraída e prazerosa, além de incentivar o aprimoramento dos professores e o investimento nos laboratórios de pesquisa das escolas.
Em 1987, escolas da rede oficial de ensino receberam os kits para iniciação científica. Em 1988, surgiu a ideia de se criar o Clube da Ciranda da Ciência, que, sete anos mais tarde, alcançou cem mil sócios. Até 1995, ano do término do programa, o número de crianças e jovens atingidos direta ou indiretamente por alguma de suas várias atividades totalizou três milhões, praticamente triplicando as estimativas iniciais. A Ciranda é parceria com a Hoechst do Brasil, com apoio das secretarias estaduais de Educação / Funbec.
Veiculado pela primeira vez em outubro de 1984, na TV Globo, o Globo Ciência foi o primeiro programa semanal regular de divulgação científica no Brasil. O programa foi ao ar até 2014.
Dirigido especialmente a estudantes e à comunidade científica, seu maior objetivo é desmistificar a ciência, aproximando-a do cotidiano. Para isso, são levados ao ar temas que abordam desde o funcionamento de um interruptor até o uso de drogas. Ao longo de sua trajetória, a série teve vários apresentadores, entre jornalistas e atores, como Eduardo Tornaghi (foto), Luciana Villas-Boas, Ana Terra, Lui Mendes, Isabel Fillardis e Alexandre Henderson. O Globo Ciência ganhou muitos prêmios nacionais e internacionais.
A construção da primeira Igreja de Santo Antônio na cidade data de 1608. O convento remonta ao ano de 1620 e constitui, com os morros de São Bento e da Conceição, os sítios religiosos da primeira ocupação do Rio de Janeiro. No século XVIII, o complexo arquitetônico foi consolidado com a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco e do Hospital da Penitência.
A restauração do Convento de Santo Antônio deveu-se à devoção de Jô Garcia, um dos vice-presidentes do Citibank, empresa localizada em prédio com vista para o Largo da Carioca. O objetivo foi a integrar o complexo à nova urbanização do Largo da Carioca, reformado após a construção do Metrô sob a coordenação de Roberto Burle Marx.
O projeto incluiu a instalação de novos elevadores, recuperação das fachadas da igreja e a preservação dos restos do Hospital da Penitência. Houve vasto trabalho de pesquisa arqueológica na área conhecida como Pátio Sul do convento. O estudo revelou o piso do antigo cárcere, uma fonte e um trecho de 50 metros do Aqueduto da Carioca, que alimentava o antigo Chafariz da Carioca, aos pés do morro. A reforma teve como parceiros Citibank, Secretaria de Ciência e Cultura do Rio de Janeiro/Inepac e João Fortes Engenharia
A Ciranda de Livros visava a criar o hábito de leitura em crianças de 7 a 12 anos, faixa etária correspondente à primeira fase do ensino fundamental. O programa distribuiu a escolas públicas de todo o país 30 mil coleções completas de cada Ciranda, contando com a colaboração das secretarias de Educação. Os parceiros são Hoechst do Brasil e Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil.
A partir de uma demanda cada vez mais crescente, e com base na experiência adquirida com o desenvolvimento e veiculação do Telecurso 2º Grau – que já utilizava grandes redes de emissoras e repetidoras –, a Fundação Roberto Marinho e a Fundação Bradesco colocaram no ar, em 1981, o Telecurso 1º Grau . A série de programas contemplava as quatro últimas séries do ensino fundamental e contava com o apoio do MEC e da Universidade de Brasília.
O projeto buscava atender milhões de brasileiros entre 15 e 29 anos que não tiveram acesso ou não completaram o ciclo básico de ensino. O envolvimento direto do MEC justificava-se pela necessidade de criar novas oportunidades de estudo para esse público, capacitando-o a prestar os exames supletivos realizados pelas secretarias estaduais de Educação em todo país.
Proposto como um “sistema aberto de multimeios”, o projeto associou de forma pioneira televisão, rádio e material impresso, e criou Centros de Recepção Organizada (CROs) para audiência em grupo dos programas de TV ou rádio, sempre com o apoio do educador.
O Telecurso permaneceu no ar por 14 anos, até a estreia do Telecurso 2000, em 1995.
Construída na primeira metade do século XVIII em estilo colonial, na fazenda do Rio Comprido, a Casa do Bispo tem seu projeto atribuído ao engenheiro militar Brigadeiro Alpoim, que desenhou o Palácio dos Vice-Reis (Paço Imperial), no Rio, e o Palácio dos Governadores (Escola de Minas), em Ouro Preto. No local, funcionaram também o Colégio Episcopal de São Pedro de Alcântara e o Seminário São José. Apesar de tombado pelo Iphan desde 1932, o imóvel estava em ruínas quando, em 1980, a Fundação Roberto Marinho decidiu restaurá-lo para a instalação de sua sede.
A restauração teve início com as prospecções históricas e arqueológicas. Foram identificados todos os vãos originais da Casa. O madeiramento da cobertura foi substituído e tratado, para evitar os cupins que atingiam também as paredes junto ao solo. Além disso, houve a reforma das instalações hidrossanitárias e de infra-estrutura operacional (rede elétrica, telefonia e ar-condicionado).
As obras foram concluídas em 1982 e, desde então, a Casa do Bispo passou por constantes revisões. A Fundação Roberto Marinho mudou-se do local em 2002, em razão da necessidade de espaços mais adequados à natureza dos trabalhos desenvolvidos e, em especial, de unir a equipe do Canal Futura ao restante da instituição.
Localizado em meio ao Campus da PUC-Rio, o solar construído por Grandjean de Montigny para funcionar como residência do arquiteto integrante da Missão Francesa esteve praticamente abandonado depois de servir de escritório para a universidade.
A restauração iniciou-se em 1979 e terminou em 1980. Completamente restaurado, o prédio foi destinado ao Núcleo de Ativação Cultural da instituição e recebeu em sua inauguração a exposição “Grandjean de Montigny e a Arquitetura do Rio de Janeiro”, que incluía cenas da cidade na época do arquiteto, projetos não realizados e vasto material sobre o neoclassicismo no Brasil, além de debates paralelos em torno de questões sobre a identidade cultural e problemas urbanísticos do Rio de Janeiro. O resultado da mostra e de suas ações paralelas foi registrado em livro editado pelo projeto.
Em 1971, a lei n° 5.692 estabeleceu diretrizes para o ensino médio, avalizando o sistema supletivo como opção para as carências educacionais do país. Os altos índices de analfabetismo e o quadro de evasão escolar contradiziam o desenvolvimento e o progresso econômico alcançados em outros setores da economia.
Sete anos após a publicação da Lei, a Fundação Roberto Marinho, em parceria com a Fundação Padre Anchieta, mantenedora da TV Cultura de São Paulo, assinaram um convênio para a realização de um projeto pioneiro de teleducação: o Telecurso 2º Grau. Pela primeira vez, uma rede comercial de televisão – a TV Globo – era usada para um projeto educativo.
O Telecurso 2º Grau foi pioneiro no fomento à educação supletiva e a distância no Brasil. As aulas também foram transmitidas pelo rádio. Embora tenha sido estruturado de modo a ser compreendido e acompanhado por qualquer pessoa, o projeto tinha como público alunos com mais de 21 anos que pretendiam fazer os exames supletivos oficiais para obter o certificado de ensino médio. Como material de apoio e complemento das teleaulas, foram produzidos fascículos que chegavam semanalmente às bancas de jornais. As publicações eram distribuídas em mais de 3 mil municípios brasileiros.
A Fundação Roberto Marinho foi instituída em dezembro de 1977. Em fins daquele ano, nascia em Minas Gerais a Campanha de Preservação da Memória Nacional, com o slogan “Nosso passado está vivo, ajude a conservá-lo”. Passados alguns anos, o projeto ganhou âmbito nacional e novo mote: “O homem é eterno quando seu trabalho permanece”.
A campanha foi desenvolvida a partir de mensagens televisivas que buscavam mobilizar a população sobre a importância de se preservar as obras de arte, monumentos e nossas manifestações culturais, consideradas patrimônio imaterial.
Com o apoio da Rede Globo, a Fundação Roberto Marinho veiculou mais de 500 comerciais de televisão ao longo de oito anos da campanha, o que acabou por gerar o engajamento da instituição em diversos projetos de restauração, seminários, publicações e reuniões técnicas, com o objetivo de valorizar o cidadão brasileiro e seu patrimônio. O projeto contou com a participação do Iphan, do Iepha, de Minas Gerais e de outros órgãos regionais de preservação.
A restauração da pequena capela de N. Sra do Rosário do Serro, em Minas Gerais, marcou o início da ação da Fundação Roberto Marinho na restauração do patrimônio arquitetônico e resgatou o vínculo da comunidade local com sua religião.
Com quase três séculos de vida, a igreja estava interditada e corria risco de desabamento. Sua recuperação foi realizada no âmbito do programa Cidades Históricas do Iphan em parceria com a Fundação. As obras consistiram na recuperação da parede lateral, novas instalações elétricas, eliminação das infiltrações de águas pluviais nos alicerces e revisão do telhado.
Durante um dia inteiro, “marujos”, “caboclos” e “catopés” dançaram pelas ruas da cidade, que reúne um dos principais conjuntos barrocos do país. Fogos de artifício e batidas de caixa saudaram as “embaixadas” – serranos ausentes, integrantes da irmandade – que foram ao Serro especialmente para a reabertura da igreja, sede da maior e mais tradicional festa de N. Sra do Rosário. Os festejos culminaram com uma grande procissão popular, quando mais de duas mil pessoas reconduziram a imagem da santa ao altar da igreja restaurada. A partir desse projeto a Fundação engajou-se no Programa de Obras Urgentes de Minas Gerais.
Em novembro, é lançado o Centro Nacional de Mídias da Educação. O CNME permite que professores e estudantes do ensino médio que estão em sala de aula em escolas públicas de 17 estados brasileiros e do Distrito Federal participem de aulas, em tempo real, realizadas a partir de um estúdio, por um professor.
É uma realização do MEC e do Consed, com implementação apoiada pela TV Escola e Fundação Roberto Marinho. Conta ainda com as parcerias do Centro de Inovação para a Educação Brasileira, Fundação Getúlio Vargas, Instituto Ayrton Senna, Organização dos Estados Ibero Americanos, Universidade Federal de Alagoas, Universidade Federal do Ceará e Universidade Federal de Goiás.
O Dia Internacional da Língua Portuguesa, comemorado em 5 de maio, foi celebrado com três dias de educação e cultura na Estação da Luz, em São Paulo. A programação cultural, gratuita e aberta ao público, de 3 a 5 de maio, partiu da pergunta “Qual é a sua língua portuguesa?” para percorrer a riqueza de sotaques e influências deste idioma: elo que ao mesmo tempo une e torna singulares os 9 países onde a língua portuguesa é falada. A iniciativa é parte das ações culturais e educativas do Museu da Língua Portuguesa, atualmente em reconstrução.
A iniciativa, realizada pela primeira vez em 2017, reuniu shows de música, apresentação de ‘slam’ (poesia falada), exposições, contação de histórias e oficinas, que unem tecnologia e múltiplas linguagens artísticas.
Estudantes, pesquisadores e instituições de ensino de Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Pará e São Paulo estão entre os vencedores da 29ª edição do Prêmio Jovem Cientista, que abordou o tema “Inovações para Conservação da Natureza e Transformação Social”. O anúncio foi feito em outubro, em Brasília, na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e a entrega das premiações em dezembro, em solenidade no Palácio do Planalto.
A 29ª edição do Prêmio Jovem Cientista foi uma iniciativa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)/ Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, em parceria com a Fundação Roberto Marinho, Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza e Banco do Brasil, e apoio da Embaixada do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte no Brasil.
Foram mais de 1.550 inscrições de estudantes e pesquisadores de todo o país. O primeiro lugar no ensino médio foi para a gaúcha Juliana Davoglio Estradioto, que criou um filme plástico biodegradável feito com casca de maracujá, capaz de substituir as embalagens de mudas de plantas, que geram grande quantidade de lixo na agricultura; o pernambucano Célio Henrique Rocha Moura, primeiro lugar no ensino superior, venceu com uma pesquisa sobre como a percepção da população sobre áreas preservadas na cidade do Recife pode auxiliar na gestão das Unidades de Conservação; já o primeiro lugar na categoria mestre e doutor foi para João Vitor Campos e Silva, paulista que mora em Maceió, com o estudo do impacto de um modelo de conservação na Amazônia que recupera populações de pirarucu e tem potencial para garantir às comunidades o equivalente a uma poupança bancária avaliada em R$ 30 mil anuais.
O Prêmio Jovem Cientista contempla as categorias Mestre e Doutor; Ensino Superior; Ensino Médio; Mérito Científico (para um cientista de destaque em áreas relacionadas ao tema da edição) e Mérito Institucional (para instituições dos ensinos médio e superior com o maior número de trabalhos qualificados).
O Museu da Língua Portuguesa participou da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) pelo segundo ano consecutivo. A exposição “A Língua Portuguesa em Nós”, formada a partir do acervo do museu, chegou ao Brasil pela primeira vez, depois de percorrer Cabo Verde e Angola. Em agosto a exposição foi levada a Moçambique. Com consultoria de conteúdo do compositor, escritor e professor de literatura José Miguel Wisnik, “A Língua Portuguesa em Nós” faz um passeio pelo idioma no mundo e a participação da língua portuguesa na formação cultural brasileira. A programação, na Casa da Cultura de Paraty, incluiu mesas-redondas, com curadoria da editora da Revista Pessoa, Mirna Queiroz, e apresentações musicais de artistas atuantes na região.
No Auditório da Praça (em frente à Praça da Matriz), o sarau “Inculta e Bela” reuniu os atores Ricardo Pereira, Betty Gofman e Julia Lemmertz, que costuraram trechos de autores de língua portuguesa das mais diversas épocas e estilos – de Fernando Pessoa a Cidinho e Doca, passando por Caetano Veloso e Carlos Drummond de Andrade – e homenagearam os 20 anos do Nobel de Literatura conquistado pelo português José Saramago.
O Museu também comemorou o título de Cidade Criativa da Gastronomia concedido a Paraty com uma ação que se estendeu por toda a cidade: a criação do menu Museu da Língua Portuguesa, adotado por 25 restaurantes de Paraty. As casas criaram pratos inspirados na culinária de um país onde se fala português e “harmonizaram” com um livro representativo da literatura do país ao qual o prato se refere. O visitante que provava o prato também ganhava um livro.
A participação do Museu da Língua Portuguesa na Flip foi uma parceria da Fundação Roberto Marinho, Governo do Estado de São Paulo e Ministério das Relações Exteriores, com patrocínio da EDP, Grupo Globo e Itaú Cultural e apoio do Governo Federal, por meio da lei federal de incentivo à cultura.
O Museu da Língua Portuguesa levou para a 15ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) programação especial com exposição, rodas de conversa, oficina literária e apresentações artísticas. As atividades foram realizadas na Casa de Cultura, no centro histórico de Paraty, gratuitas e abertas ao público em geral.
Literatura, língua portuguesa, as identidades na comunidade lusófona e a cultura da região de Paraty se uniram na programação do Museu da Língua Portuguesa na Flip. No Salão Nobre da Casa da Cultura de Paraty, uma instalação audiovisual recriou a experiência-símbolo do Museu: a Praça da Língua, espécie de “planetário do idioma” que homenageia a língua escrita, falada e cantada, em um espetáculo de som e luz. A experiência recuperou extratos do áudio original do Museu, criada com curadoria de Arthur Nestrovski e José Miguel Wisnik. São trechos clássicos da poesia, prosa e música produzidas em língua portuguesa e interpretados por nomes como Maria Bethânia e Matheus Nachtergaele.
Ao completar 20 anos o Futura, se firma como projeto multiplataforma de conteúdo educacional. Canal celebra aniversário com série de encontros pelo Brasil em 2017/2018.
De acordo com pesquisa do Datafolha (2016), o Futura é assistido regularmente por 40,6 milhões de pessoas, sendo mais de 2 milhões de educadores em todo o Brasil. Aproximadamente metade deste público tem o hábito de assistir ao Canal pela internet. Por isso, toda a programação do Futura é feita com o objetivo de ser utilizada pelas pessoas – seja em sala de aula, para mobilizar em trabalhos sociais e voluntários, para estudar ou para se aprofundar.
Com conteúdo multimídia produzido, organizado e difundido de forma colaborativa, o Canal ampliou sua presença digital em 2017.
O Museu da Língua Portuguesa participou da 18ª Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, iniciada em 31 de agosto, no Riocentro. A instalação audiovisual Praça da Língua, que recria a experiência-símbolo do Museu, foi montada pela primeira vez no Rio de Janeiro. Espécie de “planetário do idioma”, a Praça homenageia a língua escrita, falada e cantada, em um espetáculo imersivo de som e luz.
O espaço também promoveu atividades educativas que celebravam a língua portuguesa, em três eixos: suas origens e seus usos diversos, que fazem dos falantes também “autores” do idioma; as palavras como elementos visuais, a partir do idioma escrito; e a língua que se torna literatura.
Dois anos após a maior tragédia ambiental da história do Brasil, o Canal Futura exibiu a série “Krenak, vivos na Natureza Morta”, em novembro. A série de cinco episódios retrata o dia a dia da tribo indígena Krenak após o rompimento da barragem do Fundão, propriedade da mineradora Samarco, que ocasionou a ‘morte’ do Rio Doce. Com uma narrativa protagonizada pelos integrantes dessa tribo indígena, a série mostra os desafios de um povo que teve sua cultura material e imaterial roubada e o cotidiano interrompido pela maior tragédia ambiental brasileira. Da destruição e morte até as questões sociais, econômicas e ambientais que levarão muitos anos para serem equacionadas, a série traz um retrato da vida do povo indígena atingido pelo desastre ambiental.
Realizado em março no Museu do Amanhã, o seminário “Ciência para o Amanhã – Caminhos da Ciência, Tecnologia e Inovação para a Juventude” teve como temas a capacidade de inovação dos jovens que se dedicam a fazer ciência no Brasil, o empreendedorismo no meio científico e as soluções encontradas para o reconhecimento da pesquisa. O evento foi uma realização da Fundação Roberto Marinho e do Museu do Amanhã, com patrocínio da Finep.
A experiência da Fundação Roberto Marinho em conceber museus como espaços de educação, mobilização social e conexão foi apresentada em um dos principais eventos de museus do mundo, no Louvre, em Paris, em junho. Hugo Barreto, secretário-geral da Fundação, participou do encontro internacional “Communicating the Museum”, que reuniu 300 profissionais de museus e instituições culturais de todo o mundo para trocar experiências, a partir do tema “O Poder da Educação”.
Em maio, o Museu da Língua Portuguesa celebrou a herança cultural que une os falantes do português. O dia 5 de maio foi instituído como Dia da Língua Portuguesa e da Cultura na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) – e a data ganhou celebração especial: três dias de música, teatro, poesia e oficinas artísticas no saguão da Estação da Luz, em São Paulo, como parte das ações do Museu.
As atividades, gratuitas, aconteceram nos dias 4, 5 e 6 de maio. Seguindo o estilo que consagrou o Museu da Língua Portuguesa, as ações reuniram tecnologia, interatividade, envolvimento do público e a relação do espaço e da Língua com a cidade e com o ambiente urbano. Houve desde instalação sonora com os ruídos produzidos na estação até vídeo mapping com frases já famosas nas ruas de São Paulo, passando por atividade poética com cartazes “lambe-lambes”, shows, apresentação de DJ e roda de conversa com escritores.
No Dia Internacional da Mulher, 8 de março, o Canal Futura estreou o documentário #EuVocêTodasNós. Vencedor do 7º Pitching DOC Futura, o filme mostra o crescimento do ativismo feminista com a utilização da internet e, principalmente, das redes sociais para mobilizar e sensibilizar pessoas em torno de causas da mulher.
Desde 2010, o pitching DOC Futura convoca, todos os anos, produtoras brasileiras para apresentar projetos embrionários de documentários que tenham relação com direitos humanos.
A exposição “O Poeta Voador, Santos Dumont” encerrou temporada no Museu do Amanhã em fevereiro, com público de 625 mil visitantes. Em suas últimas semanas, promoveu atividades educativas que aproximaram ainda mais o público infantil da inovação, experimentação e curiosidade científica. As atividades ganharam a Praça Mauá, com sessões de contação de histórias, oficinas e o espetáculo teatral “Um voo com Santos Dumont”. Oficinas de material reciclado também ocuparam o Espaço Educativo do Museu.
Um mês depois do incêndio que destruiu o Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, o governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, o superintendente executivo da Fundação Roberto Marinho, Nelson Savioli, e Luiz Bloch, da organização social ID Brasil, assinaram, dia 21 de janeiro, o convênio para restauro da Estação da Luz e reconstrução do Museu da Língua Portuguesa, por meio da Secretaria da Cultura.
O atual acordo estabeleceu que a Fundação Roberto Marinho seria responsável pela execução das obras de reconstrução, restauro e reinstalação do museu, inclusive com revisões museográficas, com colaboração da Secretaria da Cultura do Estado e da ID Brasil, responsável pelo gerenciamento do Museu. A proposta era tomar como base o projeto arquitetônico que orientou o restauro de 2006, com os ajustes necessários para atualização. A exposição original, baseada em recursos de multimídia, está totalmente preservada em um datacenter e será aprimorada.
Aberta em abril no Museu do Amanhã, a exposição “O Poeta Voador, Santos Dumont” destacou a capacidade de inovação do grande inventor brasileiro, um visionário que se dedicou à ciência e à tecnologia inspirado pela arte. Com linguagem audiovisual e atividades interativas, a expografia incluiu protótipos das principais criações de Santos Dumont e duas réplicas em tamanho real: o avião Demoiselle, mais completo projeto do inventor, e o pioneiro 14bis. A exposição teve curadoria de Gringo Cardia e consultoria científica do biofísico Henrique Lins de Barros.
O Museu do Amanhã foi homenageado no Leading Culture Destinations Awards, prêmio britânico considerado o ‘Oscar dos Museus’, no dia 30 de setembro. Foi escolhido na categoria Melhor Novo Museu do Ano da América do Sul e Central (Best New Museum of the Year – South & Central America), que considera as instituições inauguradas e/ou reformadas nos últimos 15 meses. A instituição carioca superou o Museo Internacional del Barroco, em Puebla, México, e o Space Caribbean, em Kingston, Jamaica.
O Futura estreou em setembro a série documental “Destino: Educação – Escolas Inovadoras”, que investiga iniciativas educacionais transformadoras.
Doze instituições de ensino espalhadas pelo mundo e inseridas em contextos diferentes reinventaram suas práticas pedagógicas, currículo escolar, infraestrutura, entre outros aspectos, para motivar uma aprendizagem mais dinâmica, conectada com seu entorno e próxima da realidade dos estudantes. Realizado pelo Futura em parceria com o Serviço Social da Indústria (SESI) – Departamento Nacional, o programa conta com consultoria do Instituto Inspirare. A produção é da Cine Group, com direção de Sergio Raposo.
As escolas foram selecionadas a partir de uma pesquisa sobre tendências da educação, realizada pelo Porvir (programa do Instituto Inspirare), e estão localizadas em nove países: Argentina, Brasil, Colômbia, Dinamarca, Estados Unidos, Finlândia, Holanda, Índia e Inglaterra.
Inaugurada em junho a Casa da Música, um ambiente dedicado à educação musical integrado à Casa da Cultura, no Centro Histórico. Instalada em um imóvel tombado, completamente restaurado e internamente adaptado, abriga cursos livres e regulares e funciona como sede da Banda Santa Cecília, mais tradicional da cidade, fundada em 1954. O imóvel de 200 metros quadrados se divide em duas salas de aula com isolamento acústico, um ambiente de leitura com acervo sobre música e uma sala para a banda Santa Cecília, com entrada independente e um mezanino com acesso exclusivo. Serão oferecidos cursos de iniciação, formação e apreciação musical para crianças, adolescentes e adultos e aulas de prática de conjunto.
Em maio, Canal Futura estreou o documentário “Não saia hoje” sobre os Crimes de Maio, que completava 10 anos. O filme foi vencedor do pitching Doc Futura.
Em maio de 2006, São Paulo foi palco de uma série de ataques. Ao longo de uma semana, foram assassinadas mais de 500 pessoas em todo o Estado de forma indiscriminada e, ainda hoje, os responsáveis pelas mortes não foram punidos nem a chacina saiu da invisibilidade. O filme parte da experiência de um grupo de mães da periferia de Santos, em São Paulo, que busca justiça pelo assassinato de seus filhos, no que é considerado um dos maiores massacres da história recente do Brasil.
A reconstrução do Museu da Língua Portuguesa foi iniciada em dezembro (um ano após o incêndio que consumiu parte do edifício da Estação da Luz), com a restauração das fachadas e esquadrias. As intervenções dessa etapa, com duração de doze meses, vão restabelecer a ambiência arquitetônica, com o restauro das quatro fachadas do prédio atingidas pelo incêndio, bem como a recuperação e reconstrução das esquadrias de madeira afetadas pelo fogo.
Fundada em 1667, a cidade de Paraty reúne história, cultura e uma paisagem natural única. Com o objetivo de reunir e tornar acessíveis informações sobre o patrimônio histórico e natural dessa cidade do litoral sul do Rio de Janeiro, a Secretaria Municipal de Cultura de Paraty, em parceria com a Fundação Roberto Marinho, lançaram em julho o aplicativo “Paraty: Cultura e Natureza”.
A partir dos eixos “Cultura”, “História” e “Natureza”, o aplicativo fornece informações sobre as tradições, festas, comidas típicas, equipamentos culturais, arte e belezas naturais. Disponível para Iphone e celulares Android, o serviço convida moradores e turistas a um passeio completo pela cidade – do Centro Histórico às comunidades caiçaras, dos alambiques ao Caminho do Ouro.
O programa apresentado por Regina Casé, com direção de Estevão Ciavatta, completou 15 anos na tela do Futura. É uma coprodução da Pindorama Filmes com o canal.
Além do trabalho em campo desenvolvido pelo Futura, o programa conta com o site umpedeque.com.br, com todos os episódios e informações sobre árvores brasileiras. Os livros inspirados na série já venderam mais de 124 mil exemplares e foram adotados pelo Plano Nacional do Livro Didático. Além disso, os programas disponibilizados no site são livremente utilizados pelos espectadores em escolas e universidades pelo país.
Em comemoração ao Dia do Estudante, celebrado no dia 11 de agosto, 600 estudantes do Telecurso Alumbrar participaram da primeira Atividade Socializadora do projeto e mergulharam na rica cultura de seu estado, com o lançamento do Caderno de Cultura da Paraíba. O escritor Bráulio Tavares, autor do Caderno de Cultura, conduziu uma aula-espetáculo para os jovens, com apresentação do jornalista Zeca Camargo.
Smartphones, tablets e drones tornaram-se ferramentas nas mãos de cidadãos de todas as partes do mundo para registrar as crises e manifestações vividas nos quatro continentes. Em paralelo, as novas tecnologias da informação tendem a reforçar organizações em rede e assim estimular a mobilização em torno de causas sociais. O fenômeno inspirou “Levante!”, documentário produzido de forma colaborativa a partir de registros de “levantes” atuais no Brasil, México, Hong Kong e na Faixa de Gaza. A estreia na tela do Futura e na web (www.futura.org.br) foi em junho. Dirigido por Susanna Lira e Barney Lankester-Owen, o “Levante!” é uma realização do canal Futura com coprodução da Modo Operante e Embaúba.
O Museu do Amanhã foi inaugurado oficialmente dia 17 de dezembro e abriu ao público dia 19. Novo ícone do Rio de Janeiro e uma das âncoras da revitalização da Praça Mauá, é um museu de ciência que se dedica a explorar, pensar e projetar as possibilidades de construção do futuro. Em seu primeiro fim de semana de funcionamento, ficou aberto durante 32 horas (das 10h de sábado às 18h de domingo) e recebeu mais de 25.500 visitantes.
Norteado por perguntas que acompanham desde sempre a humanidade – De onde viemos? Quem somos? Onde estamos? Para onde vamos? Como queremos ir? –, o museu apoia-se em um conceito fundamental: o amanhã não é uma data no calendário, não é um destino final; ele é uma construção que começa hoje, agora. A partir das escolhas feitas no presente, desdobra-se uma gama de amanhãs. O museu examina o passado, apresenta tendências do presente e explora cenários possíveis para os próximos 50 anos a partir das perspectivas da sustentabilidade e da convivência. O visitante é estimulado a refletir sobre a era do Antropoceno – a era geológica em que vivemos hoje, o momento em que o homem se tornou uma força planetária com impacto capaz de alterar o clima, degradar biomas e interferir em ecossistemas – e a se perceber como parte da ação e da transformação.
O Futura chegou à maioridade em setembro, como um canal plural, educativo e social. Para celebrar o aniversário, a programação visual do canal ganhou nova roupagem a partir do dia 21 de setembro. Concebido para contribuir com a educação brasileira, o Futura é visto por 40 milhões de brasileiros e mobiliza, por meio de uma atuação além da TV, mais de 2,5 mil instituições educativas e sociais que utilizam seu conteúdo audiovisual em projetos voltados para a transformação da sociedade. A campanha “Alimento para vida” (foto), que ressaltou o poder transformador da educação entrou no ar em outubro.
O Museu de Arte do Rio conquistou a primeira certificação internacional LEED na América Latina para museus. Em maio, o museu recebeu o selo da categoria ‘Silver’, concedido pela Green Building Council, organização mundial que reconhece práticas sustentáveis.
A sustentabilidade está na matriz do MAR. Durante a obra, os funcionários receberam orientações sobre materiais, tecnologias e procedimentos operacionais para atingir as demandas da certificação LEED. Foram implementadas medidas para minimizar a poluição gerada na construção, como o controle da saída de sedimentos e a prevenção da contaminação do solo. O museu conta com coleta seletiva do lixo; utilização de lâmpadas econômicas; sensores de luminosidade e uso de materiais com conteúdo reciclado e madeira certificada.
O encontro, realizado em Belém, em maio de 2014, reuniu professores que participam do programa de educação ambiental Florestabilidade no Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará e Rondônia. Os educadores trocaram experiências, participaram de sessões de formação e conversaram com pesquisadores convidados.
O Paço do Frevo foi inaugurado dia 9 de fevereiro, Dia do Frevo.
Localizado no Bairro do Recife Antigo, o espaço é um centro de referência e difusão do frevo, declarado Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco em 2012.
O Paço abriga exposições permanentes e temporárias e escolas de dança e música, além de um centro de documentação, um estúdio de gravação e uma rádio online. É uma parceria da Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, com a Fundação Roberto Marinho.
Grandes nomes da cultura pernambucana, como o escritor Ariano Suassuna, o artista plástico Abelardo da Hora, o maestro Spok, o músico Antônio Nóbrega e o cantor Claudionor Germano prestigiaram a inauguração.
O Museu de Arte do Rio – MAR é uma das âncoras culturais do Porto Maravilha. Foi inaugurado como parte da comemoração dos 448 anos do Rio de Janeiro, dia 1º de março.
Suas exposições unem dimensões históricas e contemporâneas da arte por meio de mostras de longa e curta duração, de âmbito nacional e internacional. O museu também inscreve a arte no ensino público, por meio da Escola do Olhar.
Os versos fortes e a personalidade irreverente de Cazuza marcaram a história da música brasileira e influenciam gerações mais de 20 anos após sua morte. Em homenagem a ele, batizado Agenor de Miranda Araújo Neto, o Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, inaugurou em outubro a exposição “CAZUZA mostra sua cara”, com curadoria do arquiteto e cenógrafo Gringo Cardia. Foi a primeira mostra do museu dedicada a um criador que se destacou como compositor e não como escritor.
A exposição “CAZUZA mostra sua cara” foi uma iniciativa do Governo do Estado de São Paulo, do Museu da Língua Portuguesa e do ID Brasil, com realização da Fundação Roberto Marinho e do Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e conta com patrocínio das Organizações Globo.
Os 35 anos do Telecurso foram comemorados com festa no Teatro Tom Jobim, no Rio de Janeiro,
em maio. Os atores Antônio Fagundes e Roberta Rodrigues apresentaram a cerimônia. Na plateia, alunos, ex-alunos, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e governadores dos estados onde o Telecurso é adotado como política pública.
Lançamento do projeto de educação ambiental Florestabilidade, que tem o objetivo de despertar o interesse dos jovens pelas oportunidades de carreira e empreendedorismo florestal e fortalecer as capacidades da assistência técnica rural na Amazônia.
A exposição “Fernando Pessoa, Plural como o Universo” chegou à Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. A mostra incluiu poemas, textos, documentos, fotografias e pinturas, convidando o visitante a ler, ver, sentir e ouvir a obra do autor e dos seus heterônimos.
A exposição, inaugurada em São Paulo em 2010 e exibida no Rio de Janeiro no ano seguinte, foi parceria da Fundação Roberto Marinho com o Museu da Língua Portuguesa, com o apoio da Calouste Gulbenkian.
No ano em que completava três décadas, o Prêmio Jovem Cientista teve como tema as ‘Cidades Sustentáveis’. Eram abordados desafios como planejamento urbano, transporte, políticas para a questão do lixo, recursos energéticos e arquitetura sustentável.
O programa Multicurso Matemática, antes restrito aos educadores do Ensino Médio, amplia a atuação para professores do Ensino Fundamental no estado do Espírito Santo. Implementado no Espírito Santo entre 2008 e 2013, o Multicurso Matemática é considerado um dos responsáveis pelo avanço do desempenho dos estudantes na disciplina no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) . Na prova realizada em 2012, o resultado em Matemática saltou de 397,3 (em 2009) para 414 pontos, o terceiro lugar no ranking nacional.
Resultado de parceria com a hidrelétrica Itaipu Binacional, o Multicurso Água Boa é uma metodologia de formação continuada em gestão de bacias hidrográficas. Dedicado a mobilizar técnicos de meio ambiente, líderes comunitários, professores e outros atores locais chave, o programa estrutura o mapeamento de microbacias, a identificação dos problemas, a concepção de planos de ação e a participação efetiva do cidadão na gestão da água. O programa, inicialmente desenvolvido para a Bacia do Paraná 3, pode ser adaptado a outras regiões.
O programa de educação foi implementado em escolas de Belo Horizonte, a partir de parceria entre a Secretaria Municipal de Educação e a Fundação Roberto Marinho. O Floração atendeu estudantes em defasagem idade-ano e da Educação de Jovens e Adultos (EJA). A partir de um currículo único, de abrangência nacional, o Telecurso mergulha na cultura e nas características de cada região em que é implementado e as incorpora à dinâmica das aulas. Assim, o estudante vivencia o conhecimento a partir da sua própria experiência e é incentivado a ser protagonista de sua aprendizagem.
A exposição “Fernando Pessoa, plural como o universo” ocupou o Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, a partir de agosto de 2010. No ano seguinte, foi montada no Centro Cultural dos Correios, no Rio de Janeiro. Com curadoria de Carlos Felipe Moisés e Richard Zenith e projeto cenográfico de Helio Eichbauer, a exposição mostrou a multiplicidade da obra de Pessoa e conduziu o visitante a uma viagem sensorial pelo universo do poeta, fazendo-o ler, ver, sentir e ouvir a materialidade de suas palavras.
A mostra passeava pelos versos dos famosos heterônimos do poeta – Alberto Caeiro, Ricardo Reis, Álvaro de Campos, Bernardo Soares – e de Pessoa “Ele-mesmo”. Também reunia raridades, como a primeira edição do livro Mensagem, único publicado por Pessoa em vida, e os dois números da revista Orpheu, um marco do modernismo em Portugal. A exposição foi uma realização da Fundação Roberto Marinho e do Governo do Estado de São Paulo através do Museu da Língua Portuguesa, com patrocínio da Rede Globo, do Itaú, do Banco Caixa Geral – Brasil e da Fundação Calouste Gulbenkian e com apoio do Consulado Geral de Portugal, da Casa Fernando Pessoa (Lisboa), do Centro Cultural dos Correios e do Ministério da Cultura por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
Canal Futura inaugurou a primeira Sala Futura no Rio de Janeiro. O espaço fica no Centro Cultural Waly Salomão, criado pelo Grupo AfroReggae, em Vigário Geral. As Salas Futura são espaços organizados em parceria com instituições sociais, com o objetivo de dar acesso à programação e a kits pedagógicos do Canal e promover a troca de saberes entre jovens, educadores e a comunidade.
O programa “Um Pé de Quê?“, apresentado por Regina Casé, comemorou dez anos de sucesso na tela do Canal Futura com temporada gravada no Japão. Também foram lançados os livros “Pau Brasil” e “Seringueira”, que fazem parte de uma série sobre os biomas brasileiros.
O Tom da Caatinga é um desdobramento dos projetos Tom da Amazônia (2006), Tom do Pantanal (2003) e Tom da Mata (1998), da Fundação Roberto Marinho, Furnas Centrais Elétricas e do Instituto Antonio Carlos Jobim, com apoio da Lei de Incentivo a Cultura do Ministério da Cultura.
A série pretende contribuir para a preservação ambiental da região da caatinga, promovendo a educação ambiental e musical nas escolas. A obra de grandes compositores nordestinos – como Luiz Gonzaga, Humberto Teixeira e Catulo da Paixão Cearense – conduz o telespectador em uma viagem pelo sertão.
Maior paisagista do século XX, Roberto Burle Marx completaria um século no dia 4 de agosto de 2009. Para celebrar a data, o Paço Imperial, no Rio de Janeiro, abrigou, a partir de dezembro de 2008, a exposição “Roberto Burle Marx 100 anos: A Permanência do Instável”.
A mostra reuniu 335 obras de autoria do artista – pinturas (como na foto acima), cenários, figurinos, desenhos, guaches, litogravuras e painéis. O térreo foi ocupado por um jardim criado pelo escritório Burle Marx & Cia, administrado por Haruyoshi Ono, amigo e sócio de Burle Marx.
O Museu do Futebol foi inaugurado no dia 29 de setembro de 2008, na entrada principal do Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, o Estádio do Pacaembu, em frente à Praça Charles Miller, em São Paulo. A partir dos três eixos que norteiam a visita – emoção, história e diversão -, o museu mostra não só a história do esporte, mas do país. O visitante descobre como o futebol ajudou a formar a identidade brasileira – e como a cultura brasileira ajudou a transformar o futebol.
O Museu da Língua Portuguesa é a primeira instituição totalmente dedicada a um idioma. O público é convidado para uma viagem sensorial e subjetiva pela língua, por meio de experiências interativas e várias linguagens expositivas. O objetivo é fazer com que as pessoas se surpreendam e descubram novos aspectos do idioma que falam, leem e escrevem.
Para abrigar o museu, foi restaurada a histórica Estação da Luz, no coração de São Paulo. Ponto de chegada dos imigrantes em São Paulo, a Luz recebia sotaques e idiomas de todo o mundo.
A mostra em homenagem a Guimarães Rosa e aos 50 anos de publicação de sua obra-prima, “Grande Sertão: Veredas”, inaugurou o espaço de exposições temporárias do Museu da Língua Portuguesa. O visitante entrava em contato com palavras, expressões, frases e até páginas inteiras do livro, numa viagem de descoberta da linguagem criativa através da leitura.
Os módulos da exposição, criada pela diretora Bia Lessa, foram montados como um grande canteiro de obras, com tijolos, latões, tábuas e restos de telha, que serviam de suporte para as passagens do romance. Em 2007, a exposição foi montada no Museu de Arte Moderna, no Rio de Janeiro.
A Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé foi fundada no final do século XVI. Em 2006, a prefeitura do Rio de Janeiro escolheu o templo como o símbolo das comemorações dos 200 anos da chegada da Família Real ao Brasil, que se realizariam em 2008. Diante do precário estado de conservação do monumento, convidou a Fundação Roberto Marinho para realizar os trabalhos de recuperação. A restauração incluiu o interior e as fachadas laterais e dos fundos, além de obras de infra-estrutura, e foi concluída em 2008.
Na cripta, que já guardava os restos mortais do cardeal Arcoverde, foi colocada a urna com os restos mortais de Pedro Álvares Cabral, antes localizados em outra área da construção. A igreja também ganhou um Museu de Sítio Arqueológico.
A iniciativa incluiu a criação de um espetáculo de Som e Luz, que contava parte da história da igreja e mostrava os principais personagens relacionados com o templo, como Dom João VI, Dom Pedro I e Dom Pedro II. Atualmente o espetáculo está suspenso.
A Lei 10.097/2000, conhecida como Lei da Aprendizagem, determina que empresas de médio e grande porte destinem de 5% a 15% de seus quadros à contratação de jovens de 14 a 24 anos como aprendizes. Determina, ainda, que os jovens participem de um curso correspondente à ocupação que vão desenvolver na empresa. Com base nessa lei, a Fundação Roberto Marinho criou, em 2006, o Aprendiz Legal, um programa de aprendizagem voltado para a formação e inserção de jovens no mundo do trabalho. Ao mesmo tempo, o Aprendiz Legal auxilia as empresas, principalmente as de pequeno e médio porte, a cumprir a Lei da Aprendizagem.
O Telecurso começou um novo ciclo em 2006. A Fiesp e a Fundação Roberto Marinho lançaram uma série de medidas para aumentar sua abrangência: ampliação de conteúdos e inclusão de novas ações, disciplinas e tecnologias. Nasceu, assim, o Novo Telecurso.
Foram produzidos 70 novos programas de TV (na foto, Caio Blat e Dedina Bernadelli em cena) e mais de mil aulas passaram por revisão. Foram incluídas as disciplinas de Filosofia, Artes Plásticas, Música, Teatro e Sociologia , que passaram a integrar os materiais do ensino médio. O currículo é o mesmo do ensino regular, aprovado pelo MEC.
O programa intensificou o objetivo de enfrentar os três principais problemas da educação no Brasil – a aceleração de estudos, a oferta de ensino em lugares onde não é possível adotar o modelo convencional e a educação de jovens e adultos. Consolidou-se como política pública de ensino nos estados do Acre, Amazonas, Pernambuco e Rio de Janeiro e no Distrito Federal.
O programa, parceria com a Agência Nacional de Águas (ANA), tem por objetivo ampliar o conhecimento dos estudantes da educação básica sobre bacias hidrográficas e inseri-los no processo da gestão participativa da água. O projeto é mediado por professores, formados pelo projeto, e envolve a iniciação científica dos estudantes, com a observação, experimentação e registro da situação da bacia hidrográfica onde está inserida a escola.
Com material educativo audiovisual e impresso, o Caminho das Águas foi adotado em escolas da rede pública nas bacias hidrográficas do Paraíba do Sul, São Francisco, Doce e Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), envolvendo 4.366 professores de duas mil escolas. A metodologia pode ser aplicada em outras bacias hidrográficas do país.
Projeto de valorização da história e cultura afro-brasileira, A Cor da Cultura dá visibilidade a ações afirmativas promovidas pela sociedade. Foram desenvolvidos programas, livros pedagógicos, glossário, CD e jogo sobre o tema, distribuídos para escolas e instituições sociais.
A série de programas é exibido pelo Canal Futura. O projeto foi apoiado pelo MEC, que contribuiu para a elaboração do kit e viabilizou a ampliação de sua distribuição e implementação. A “Cor da Cultura” é fruto da parceria entre a Petrobras, a SEPPIR – Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, o CIDAN – Centro de Documentação do Artista Negro, a TV Globo e o Canal Futura.
O Tom da Amazônia é um projeto de educação ambiental e musical que pretende contribuir para a preservação da maior floresta tropical do mundo. Desdobramento dos projetos Tom da Mata e Tom do Pantanal, lançados em 1998 e em 2003, que utilizam a obra de Tom Jobim e sua paixão pela natureza para apresentar os biomas brasileiros.
O kit educativo foi distribuído para escolas da rede pública dos estados do Amazonas, Pará, Rondônia, Acre e Goiás, tendo como público-alvo alunos e professores do ensino fundamental. O material inclui programas de TV, CD com músicas de Tom Jobim e músicos da região, livros, mapa e jogo educativo.
Foi desenvolvido em parceria com Furnas Centrais Elétricas, Eletrobrás, Eletronorte, Instituto Antônio Carlos Jobim e Ministério da Cultura.
A Casa da Cultura de Paraty foi inaugurada em 2004 depois da restauração do casarão histórico. O espaço se dedica a preservar e difundir a cultura e a história da cidade, além de abrigar eventos importantes para a vida da região. As obras de recuperação do sobrado terminaram em julho de 2003, quando o espaço sediou a primeira edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip).
A recuperação da Igreja de São Francisco de Assis, mais conhecida como Igreja da Pampulha, foi iniciada em 2003. O desafio era restaurar o trabalho arquitetônico assinado por Oscar Niemeyer, e construído cerca de 60 anos antes.
A cobertura da nave da igreja foi recuperada e os 14 quadros da Via Sacra, de autoria de Portinari, passaram por uma limpeza. O mural do altar, também de Portinari, ganhou proteção especial. Além disso, foram feitas a recuperação dos azulejos e a limpeza do batistério – que tem um baixo-relevo em bronze desenhado por Alfredo Ceschiatti.
O projeto de iluminação criado por Mônica Lobo valorizou o interior e o exterior da igreja, destacando ainda mais as formas arredondadas do trabalho de Niemeyer. O projeto recebeu dois prêmios internacionais de desenho de luz.
Nos jardins,o escritório Burle Marx e Cia, do paisagista que assinou o projeto em 1943, recuperou o desenho original. O restauro se estendeu até 2005, ano em que foram desenvolvidas, com o apoio do Projeto Portinari, cursos e oficinais para professores e estudantes de Belo Horizonte, a respeito da História da arquitetura e do país. Também foi realizado seminário que reuniu nomes internacionais da arquitetura.
O programa Multicurso Matemática foi desenvolvido com o objetivo de contribuir para a qualificação da educação básica brasileira, investindo na formação continuada de educadores do Ensino Médio. O projeto conta com apoio de material didático multimídia concebido por uma equipe de especialistas em Comunicação, Educação e Matemática.
O Multicurso articula momentos presenciais e à distância. Os educadores organizam-se em grupos de estudo de matemática e também trocam experiências em um ambiente virtual colaborativo. Em 2003, o programa teve uma aplicação-piloto no estado de Goiás. Logo no ano seguinte, o Multicurso foi implementado em toda a primeira série do ensino médio da rede pública daquele estado, sendo expandido, em 2005 e 2006, para as outras séries.
Em 2007, a Fundação Roberto Marinho começou a desenvolver o Multicurso Ensino Fundamental, em parceria com a Gerdau, e o Multicurso Água Boa, com Itaipu Binacional.
Desde o início do Telecurso 2º Grau, em 1978, a Fundação Roberto Marinho já planejava estender o projeto ao primeiro segmento do ensino fundamental. Em 2003, a idéia foi finalmente consolidada, numa parceria com a Fundação Vale, que culminou na criação do Tecendo o Saber.
O projeto oferece uma alternativa pedagógica para que jovens e adultos tivessem acesso à escolaridade formal do 1º ao 5º ano e foi oficializado no Dia Internacional da Alfabetização, dia 8 de setembro de 2003. É resultado de parceria com a Fundação Vale e o MEC, responsáveis pelas aquisições dos materiais didáticos e pela seleção dos municípios para implementação.
A Fundação Roberto Marinho faz acompanhamento pedagógico e formação continuada dos professores na metodologia do projeto e participou da elaboração do material pedagógico, que inclui livros e vídeos. As teleaulas contam com atores conceituados, como Alexandre Borges (foto acima).
No desenvolvimento dos conteúdos da coleção, a Fundação contou com a consultoria do Instituto Paulo Freire. A série foi estruturada a partir de um eixo gerador – a migração no Brasil – com o objetivo de fomentar a discussão sobre a pluralidade cultural e a diversidade étnica do país. As primeiras telessalas foram implementadas no Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Rio de Janeiro, Pará, Amazonas, Maranhão, Minas Gerais e Espírito Santo.
O programa Maré do Saber atendeu jovens e adultos moradores da comunidade da Maré, Zona Norte do Rio de Janeiro, que não tinham concluído o ensino fundamental. Além do currículo básico, os estudantes tiveram aulas de informática, cidadania, direitos humanos, saúde e turismo e empreendedorismo. A iniciativa foi parceria com o Instituto Unibanco e o Viva Rio. As atividades complementares incluíram ainda passeios culturais e participação nas ações do Viva Rio, como as campanhas pelo desarmamento e pela doação de sangue.
Após conhecer o espetáculo de Som e Luz em Missões (RS), a diretora do Museu Imperial, Maria de Lourdes Parreiras Horta, manifestou o sonho de fazer projeto similar nos jardins da construção em Petrópolis.
O desafio da equipe da Fundação e do diretor do espetáculo, Ricardo Nauemberg, era produzir um espetáculo inovador e educativo. Na apresentação, o público faz um percurso pelos jardins. O roteiro, com argumento de Pedro Correa do Lago e autoria de Isabel Lustosa, inicia-se com uma viagem do Rio de Janeiro a Petrópolis para o Baile das Princesas, e conta a história da fundação da cidade e da construção do palácio. Em seguida, surge uma enorme cortina d’água, em que um filme de média-metragem retrata os principais episódios ocorridos durante o império de D. Pedro II, até a Proclamação da República.
O programa de educação ambiental e musical se espelho no sucesso do Tom da Mata. Material educativo foi distribuído para as escolas dos estados na região do Pantanal.
A água é o fio condutor do programa. Com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a importância de preservar o Pantanal, o kit com vídeos, CD e livros passeia pela região e pelas histórias dos animais, das plantas e do povo do lugar. A música de Tom Jobim se une à criação de músicos da região, como Almir Sater. Obras de Manoel de Barros, poeta mais conceituado da região, dão um toque especial ao projeto.
O Tom do Pantanal foi parceria com Furnas, Instituto Antônio Carlos Jobim e Lei Federal do Incentivo à Cultura.
O Telecurso Poronga foi idealizado com os objetivos de corrigir a distorção idade-ano e reduzir a evasão escolar dos alunos dos ensinos fundamental e médio da rede pública estadual de ensino do Acre. O nome do programa, inspirado no suporte de lamparina de querosene usado na cabeça pelos seringueiros para iluminar o caminho à noite no seringal, foi escolhido por um dos professores participantes.
A ação representou um novo desafio, em razão da dificuldade de acesso e infra-estrutura da região, sobretudo no que se refere à falta de energia elétrica. Para equacionar o problema, a Secretaria de Educação, com apoio das prefeituras e comunidades, instalou placas solares para que os estudantes pudessem assistir aos vídeos das aulas do Telecurso 2000 e dos projetos pedagógicos complementares.
As ações do projeto priorizaram e valorizaram a cultura acreana, que norteou a produção do material pedagógico para apoio à dinâmica curricular. Entre eles, o Caderno de Cultura do Acre, fonte de textos históricos, poesias e fotos. Lançado em 2003, o Caderno conta histórias sobre os povos que formaram o estado, lendas, costumes e a influência indígena no uso de ervas, nas artes, na culinária e nas festas.
O Telecurso 2000 – Quilombos foi criado em 2002 pela Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República, em parceria com a Fundação Roberto Marinho e o Instituto Multiplicar. A iniciativa de inclusão social ofereceu ensino fundamental a jovens e adultos de comunidades remanescentes de quilombos.
Sua implantação começou em Goiás, nas comunidades Kalunga dos municípios de Teresina de Goiás e Cavalcante. No ano seguinte, expandiu-se para as comunidades em Senhor do Bonfim, na Bahia, e Garanhuns e Salgueiro, em Pernambuco.
Os participantes das telessalas enfrentaram diversos desafios. As longas distâncias e as condições precárias dos caminhos dificultaram o acesso, e muitos tiveram que subir serras e remar longas distâncias. Muitas vezes, era preciso esperar horas para conseguir atravessar um rio. As ações incluíram também o livro ‘Histórias que nos inspiram’, lançado pela Fundação em conjunto com o Instituto Multiplicar. Na obra, alunos e educadores relatam histórias vividas no programa, que considerou o cunho histórico e o significado da palavra quilombo – reafirmação da luta pela sobrevivência.
O programa Tempo de Acelerar foi implementado no Amazonas para oferecer escolaridade formal a jovens e adultos em defasagem idade-ano. Em 2000, o índice de distorção no ensino fundamental no estado alcançava 58,3%.
Como alternativa, o governo estadual buscou a parceria da Fundação para a formação daqueles que, por diferentes fatores, não tiveram a oportunidade de concluir seus estudos. O projeto foi além de seu objetivo inicial, consolidando a compreensão da educação como estratégia básica para uma formação-cidadã.
Em todo o estado foram implementadas cerca de 3.400 telessalas, atendendo aproximadamente cem mil alunos nos ensinos Fundamental e Médio. Professores e gestores participaram de capacitação na metodologia do Telecurso e de seus materiais pedagógicos.
O projeto foi implementado pelo Governo do Ceará para reduzir os altos índices estaduais de defasagem idade-ano: 67,2% no ensino fundamental e 43,3% no ensino médio. Para inverter o quadro, a Secretaria de Estado de Educação buscou a parceria da Fundação Roberto Marinho, do Instituto Multiplicar e das prefeituras de 184 municípios para a implantação da metodologia do Telecurso 2000.
Um dos primeiros passos foi traçar um perfil socioeconômico da demanda para enfrentar os desafios assumidos. O diagnóstico apontou uma questão relevante: os alunos deixavam a escola porque diziam não aprender nada que lhes desse condições de buscar um melhor emprego ou de se aperfeiçoar no que já faziam. Com base nos dados apurados, concebeu-se a formação continuada de educadores e gestores das telessalas, além de atividades complementares, como aulas-passeio, práticas esportivas, mostras culturais, palestras e oficinas.
Em 2002, os resultados superaram as expectativas: 92,6% de aprovação no ensino fundamental e 94,4%no ensino médio. Os indicadores altamente positivos levaram a Secretaria a dar continuidade ao investimento. No ano seguinte, duplicaram-se as ações do projeto. O número de telessalas chegou a 4.100, atendendo mais de 700 mil alunos.
Uma década depois da restauração do Cristo Redentor, o então arcebispo Dom Eugênio Salles solicitou o apoio das Organizações Globo para a realização de obras de conservação da estátua. A Fundação realizou as obras de conservação e a instalação de acesso por elevador e escada rolante da base ao belvedere do Cristo, para ampliar a visitação ao monumento.
A estátua vinha perdendo o seu revestimento em mosaico de pedrasabão, e o diagnóstico, elaborado durante os traba-lhos de restauro, indicou a presença de sais na argamassa de assentamento. A solução, inédita no Brasil, foi implantar a proteção catódica – instalação, no interior da estrutura, de uma tela de titânio eletrificada capaz de atrair os sais que migravam para a parte externa.
Ao projetar os elevadores e as escadas rolantes, houve o cuidado em não comprometer a topografia, implantando os equipamentos de modo a não interferir visualmente nem com a estátua do Cristo Redentor nem com a paisagem.
O Tom da Mata desperta para a educação e a consciência ambiental a partir da música de Tom Jobim. A implantação do programa se iniciou em 1998, em escolas da rede pública de ensino de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Goiás, Bahia e Distrito Federal.
A ideia tomou forma depois que Paulo Jobim, filho de Tom, revelou que o pai tinha o desejo de criar um programa que relacionasse a proteção do meio ambiente à sua música. O objetivo do Tom da Mata é sensibilizar a sociedade para a importância de preservar a Mata Atlântica e disseminar o conhecimento da cultura regional.
As ações são desenvolvidas com base em um kit, composto por material audiovisual com músicas de Tom Jobim e outros compositores sobre a natureza; livros e atividades de educação musical; jogo educativo com elementos da Mata Atlântica e sementes de espécies locais. Os programas de TV foram veiculados pelo Futura.
O programa foi parceria com Furnas Centrais Elétricas, Instituto Antônio Carlos Jobim e Ministério da Cultura, com apoio da Lei de Incentivo à Cultura.
Em 1996, a Igreja Nossa Senhora da Lapa dos Mercadores, construída no século 18, estava em estado precário de conservação. Para a restauração, mobilizou-se uma parceria com a American Express Foundation, que dispunha de programa de apoio a monumentos em risco. Na primeira etapa, foram feitos o levantamento arquitetônico, o diagnóstico do estado de conservação, a recuperação de parte da cobertura e dos telhados e a delicada atividade de restauração dos revestimentos, da decoração e das pinturas da cúpula da nave. A segunda etapa foi realizada entre 1997 e 1999, em parceria com o BNDES. O trabalho compreendeu as obras de recuperação das fachadas e a execução de projetos de hidráulica, rede elétrica e iluminação. Também foram feitas obras de adaptação, finalização das coberturas e telhados e, principalmente, a realização do restauro artístico. Imagens e ornamentos danificados, parte do mobiliário e o lustre central puderam ser recuperados e voltaram a brilhar.
O Petit Trianon foi construído em 1922, para sediar o pavilhão da França durante a Exposição Internacional do Rio de Janeiro. Trata-se de réplica do Petit Trianon construído em 1763 por Jacques-Ange Gabriel nos parques de Versalhes. Ricamente decorado em seu interior, e com rígidas linhas clássicas em suas fachadas, o prédio passou a sediar a ABL a partir de 1923.
Com a posse de Roberto Marinho como imortal da ABL, surgiu a oportunidade de recuperar esse importante monumento para a arquitetura e para a cultura brasileira. As fachadas foram restauradas e ganharam nova iluminação. Os jardins do entorno do prédio receberam projeto paisagístico do Sítio Burle Marx, que valorizou a estátua do fundador da Academia, Machado de Assis. No jardim lateral, foi criada uma área de eventos, com espécies nativas e tropicais. A recuperação foi parceria com a GE Iluminação e Rioluz.
Após a restauração da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, o Banco Real solicitou à Fundação Roberto Marinho que se dedicasse a um projeto em Belo Horizonte. Após a análise de diversas alternativas, a escolha, em conjunto com a Prefeitura local, voltou-se para a restauração do então Museu de Arte de Belo Horizonte, sediado no antigo Cassino da Pampulha. Obra do arquiteto Oscar Niemeyer, o museu fora construído em 1940 e já estava em processo de recuperação pela Prefeitura.
O projeto privilegiou a restauração da parte interna do antigo cassino e o tratamento de 1.600 obras de arte, que foram catalogadas e devidamente acondicionadas em nova reserva técnica. A iniciativa incluiu ainda a produção de um CD-ROM que permitia o acesso a todo o acervo do museu. Com o objetivo de fortalecer sua identidade e indicar seu nobre endereço, o museu ganhou novo nome: Museu de Arte da Pampulha. A iniciativa foi parceria com o Banco Real e a Prefeitura de Belo Horizonte.
O projeto Teatro Apolo nasceu do desejo de contribuir para a revitalização do bairro do Recife Antigo, que recebeu apoio da Fundação Roberto Marinho em 1993, por meio do projeto Cores da Cidade. A proposta era criar uma atração diferenciada – novo teatro e cinema – para o bairro, onde vários restaurantes e casas de espetáculos se instalaram, ampliando as possibilidades de lazer e cultura dos usuários. O programa conduzido pela Fundação consistiu na recuperação de toda a edificação e na renovação da infra-estrutura de teatro.
Uma parceria histórica entre a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e a Fundação Roberto Marinho deu origem ao que viria a se tornar um dos mais bem-sucedidos projetos de teleducação do Brasil: o Telecurso 2000 , lançado em 1995. Fruto das experiências anteriores com o Telecurso 2º Grau e o Telecurso 1º Grau, o projeto foi especialmente concebido para milhões de brasileiros que não concluíram, por algum motivo, os ensinos fundamental e médio.
Desde 1995, Telecurso vem sendo reconhecido como uma metodologia que promove um salto de qualidade na educação, tendo beneficiado mais de 7 milhões de pessoas nas telessalas implantadas em todo o Brasil.
O Telecurso trabalha com o currículo essencial, complementado por temas transversais, como empreendedorismo, segurança alimentar, protagonismo da juventude, saúde, entre outros. Incorporou, também, novos módulos como educação para o trabalho, para a cidadania, defesa do patrimônio e dos bens naturais, além das habilidades básicas necessárias para o bom desempenho profissional e como cidadão.
Em 1993, diante da necessidade de restauração no prédio da Biblioteca Nacional, o então diretor da instituição, Affonso Romano de Sant’Anna, buscou apoio da Fundação Roberto Marinho para divulgar campanha em que buscava parceiros.
Vislumbrou-se a possibilidade de a Fundação ser a parceira que a biblioteca procurava. Uniu-se ao projeto o Banco Real, com quem a Fundação atuou na recuperação do Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, e com quem concluiu o Parque do Ibirapuera, em São Paulo. O Saguão Nobre e a fachada da Biblioteca foram restaurados. Todas as clarabóias, vitrais, coberturas e fachadas foram restauradas e as instalações elétricas e hidráulicas foram revisadas por profissionais especializados. Os jardins na fachada posterior receberam paisagismo de Roberto Burle Marx, num de seus últimos projetos, e criou-se um anfiteatro para leituras e encenações.
O Bairro do Recife, e em especial o Polo do Bom Jesus, é considerado o marco zero da cidade. Foi nas cercanias do cais que a cidade começou a tomar impulso. No início da década de 1990, a Rua do Bom Jesus, antiga Rua dos Judeus – onde funcionou a primeira sinagoga das Américas –, estava praticamente abandonada. Para revitalizar a área, a Prefeitura do Recife decidiu pela parceria com o projeto Cores da Cidade, iniciativa bem-sucedida no Rio de Janeiro também em 1993.
Depois da restauração, um plano diretor com foco econômico foi elaborado pela Prefeitura e não demorou para que os primeiros bares e restaurantes surgissem junto com as novas cores dos edifícios.
Em 1999, uma segunda etapa deu continuidade ao projeto de preservação do Pólo do Bom Jesus. O Bairro do Recife, àquela altura, já se consolidava como destino de entretenimento, lazer e turismo da cidade, e se tornava patrimônio nacional, tombado pelo Iphan.
Em 1991, o Banco Real e a Fundação Roberto Marinho decidiram recuperar e restaurar diversos elementos arquitetônicos, escultóricos e paisagísticos do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Suas ações principais foram a reforma da portaria principal; a construção de portaria na Rua Pacheco Leão; a recuperação do conjunto do Cactário; a manutenção do Orquidário; a construção do Bromeliário; e a limpeza e recuperação do Portal da antiga Academia de Belas Artes (foto).
Foram restaurados chafarizes e esculturas, as pérgulas de ferro e os sete bebedouros franceses, o gradil da Rua Jardim Botânico e as principais pontes. As estátuas de Eco e Narciso, de autoria de Mestre Valentim, as primeiras fundidas no Brasil, foram recuperadas e reunidas. Devido ao estado de conservação, foram feitas réplicas. O projeto incluiu também nova sinalização e forte campanha para visitação, com eventos que reintegraram o parque à vida da cidade.
Na Rio-92, a Conferência Mundial para o Meio Ambiente, foi criado o Bosque das Nações, que recebeu autoridades estrangeiras, convidadas a plantar uma espécie brasileira ameaçada de extinção. Entre as personalidades, estiveram a ex-presidente da Irlanda Mary Robinson; o ex-presidente da União Soviética Mikhail Gorbachev; o ex-presidente de Portugal Mário Soares; e a então ministra do Meio Ambiente da França, Segolène Royal. Ao final do projeto, entre 1991 e 1993, a visitação do Jardim Botânico havia quadruplicado. As gestões sucessivas mantiveram o campus e ampliaram as melhorias.
Os índices de analfabetismo entre trabalhadores na construção civil no Brasil na década de 1990 eram alarmantes. No Nordeste, estimava-se que 90% dos empregados do setor eram analfabetos. Essa situação gerava mão-de-obra desqualificada, incapacidade de fixação no emprego e acidentes de trabalho.
O Sinduscon/RJ lançou, em 1990, o projeto Alfabetizar É Construir, destinado à educação do trabalhador da área. A iniciativa, com orientação educacional do Sesi e coordenação da educadora Célia Macieira, buscava motivar os trabalhadores para a alfabetização, a qualificação profissional e o exercício da cidadania. Em 1991, a Fundação tornou-se parceira, ao participar da campanha de mobilização do empresariado do setor para a implantação de salas de aulas em canteiros de obras.
O projeto Alfabetizar É Construir desenvolveu metodologia própria, baseada nos conceitos criados pelo educador Paulo Freire. Em 1992, a Fundação desenvolveu um telecurso com sete programas de vídeo e os livros didáticos para a alfabetização dos operários. Lançado em seis estados-pólo (Rio de Janeiro, Pará, Paraná, Pernambuco, Minas Gerais e Mato Grosso). Em 1993, o projeto atingiu 17 estados e em 2000 havia alfabetizado cerca de 11 mil operários só na cidade do Rio de Janeiro.
Parceria com TV Globo, Sinduscon/Rio, Sesi-DN e Seneb/MEC.
Com a chegada dos anos 1990 e a proximidade da realização da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (também conhecida como Rio-92), entidades ambientalistas brasileiras e internacionais começavam a demandar que a discussão ecológica ganhasse espaço na mais importante fonte de informação do brasileiro: a televisão.
No dia 4 de novembro de 1990, um domingo, o “Globo Ecologia” estreou na Rede Globo. Dirigido por Cláudio Savaget, o programa apresentou um panorama da Mata Atlântica, alertando para a devastação e destacando as iniciativas para a conservação. O “Globo Ecologia” foi ao ar na Globo até 2014, com uma linguagem clara e direta que mostrava ao telespectador como o meio ambiente influencia o cotidiano. O objetivo era contribuir na formação de uma consciência ambiental crítica.
Atores como Edson Celulari, Cássia Kiss, Marcos Winter, Kadu Moliterno, Marcos Frota, Claudio Fontana, Drica Moraes, Cláudio Heinrich e Guilherme Berenguer apresentaram o programa.
Lançado em 1982, o programa Quem Lê Jornal Sabe Mais foi criado por Péricles de Barros, então gerente de promoções do jornal O Globo, para atender às turmas do segundo segmento do ensino fundamental. O projeto contou, em seus oito anos iniciais, com a coordenação de Afonso Faria e a parceria da Prefeitura do Rio, através da Secretaria Municipal de Educação.
Em 1990, o modelo foi reformulado para ganhar maior amplitude e aperfeiçoar seu conteúdo didático, passando a contar com a coordenação técnico-pedagógica da Fundação Roberto Marinho.
O projeto previa a capacitação de professores no uso do jornal aplicado aos diversos temas do currículo. Ao longo de um mês, os alunos das escolas selecionadas recebiam uma assinatura de O Globo para o desenvolvimento de seu trabalho. Com a realização das ações, os docentes participavam de reuniões periódicas de avaliação.
A partir de 1993, o próprio jornal O Globo retomou a organização e a gestão pedagógica do programa
O Vídeo Escola foi lançado em 15 de outubro de 1989, com o propósito de fortalecer a prática pedagógica dos professores dos ensinos fundamental e médio, além de complementar o currículo escolar, por meio de um acervo de programas de TV de qualidade.
A prioridade do Vídeo Escola era adequar os avanços tecnológicos à construção de uma telepedagogia para a escola brasileira, dinamizando as situações de aprendizagem em sala de aula e estimulando a criatividade e a consciência crítica do aluno.
O acervo era constituído de 545 programas, divididos entre documentários, filmes, reportagens e animações. Como material de apoio, foram produzidos catálogos com as sinopses dos programas e cadernos do professor. Para atingir os objetivos, equipes pedagógicas da Fundação atuaram na formação continuada dos professores para a utilização adequada do vídeo na sala de aula. O programa abrangeu ainda seminários internacionais e encontros estaduais e regionais.
O Vídeo Escola foi realizado em parceria com a Fundação Banco do Brasil e as secretarias de Educação de todo o país.
O prédio concebido pelo arquiteto Grandjean de Montigny é uma das primeiras experiências de arquitetura neoclássica no Rio de Janeiro. A influência portuguesa e a tradição colonial refletem-se na cobertura, complexa e de características quase barrocas, que se opõem às linhas neoclássicas do restante do prédio, traduzindo simbolicamente a relação Brasil-França.
O programa de recuperação do imóvel foi tocado pela Fundação Roberto Marinho, que contou como apoio da Fundação Pró- Memória para a conclusão das obras. O projeto museográfico de Pierre Catel propunha linguagens que passavam por projeções audiovisuais, multimídia, um banco de dados e exposições e conferências.
Em 1996, a Fundação voltou a trabalhar na recuperação dos telhados da Casa e de sua fachada, a partir de obras de conservação e da realização do projeto Canteiro- Escola, que formou 20 jovens carentes em ofícios ligados à preservação do patrimônio arquitetônico. A equação de gestão levou à criação de uma fundação, vinculada à Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro. Hoje, a Casa funciona como sedia inúmeras exposições relevantes.
Os parceiros foram Iphan / Pró-Memória, Rhodia e Governo do Estado do Rio de Janeiro.
Com o intuito de despertar a curiosidade científica dos jovens e da população brasileira em geral, a Fundação Roberto Marinho e a Hoechst do Brasil conceberam em 1986 o projeto Ciranda da Ciência. O programa foi elaborado por especialistas da Funbec e se destinava prioritariamente aos alunos do segundo segmento do ensino fundamental. A proposta buscava fazer da pesquisa científica uma atividade descontraída e prazerosa, além de incentivar o aprimoramento dos professores e o investimento nos laboratórios de pesquisa das escolas.
Em 1987, escolas da rede oficial de ensino receberam os kits para iniciação científica. Em 1988, surgiu a ideia de se criar o Clube da Ciranda da Ciência, que, sete anos mais tarde, alcançou cem mil sócios. Até 1995, ano do término do programa, o número de crianças e jovens atingidos direta ou indiretamente por alguma de suas várias atividades totalizou três milhões, praticamente triplicando as estimativas iniciais. A Ciranda é parceria com a Hoechst do Brasil, com apoio das secretarias estaduais de Educação / Funbec.
Veiculado pela primeira vez em outubro de 1984, na TV Globo, o Globo Ciência foi o primeiro programa semanal regular de divulgação científica no Brasil. O programa foi ao ar até 2014.
Dirigido especialmente a estudantes e à comunidade científica, seu maior objetivo é desmistificar a ciência, aproximando-a do cotidiano. Para isso, são levados ao ar temas que abordam desde o funcionamento de um interruptor até o uso de drogas. Ao longo de sua trajetória, a série teve vários apresentadores, entre jornalistas e atores, como Eduardo Tornaghi (foto), Luciana Villas-Boas, Ana Terra, Lui Mendes, Isabel Fillardis e Alexandre Henderson. O Globo Ciência ganhou muitos prêmios nacionais e internacionais.
A construção da primeira Igreja de Santo Antônio na cidade data de 1608. O convento remonta ao ano de 1620 e constitui, com os morros de São Bento e da Conceição, os sítios religiosos da primeira ocupação do Rio de Janeiro. No século XVIII, o complexo arquitetônico foi consolidado com a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco e do Hospital da Penitência.
A restauração do Convento de Santo Antônio deveu-se à devoção de Jô Garcia, um dos vice-presidentes do Citibank, empresa localizada em prédio com vista para o Largo da Carioca. O objetivo foi a integrar o complexo à nova urbanização do Largo da Carioca, reformado após a construção do Metrô sob a coordenação de Roberto Burle Marx.
O projeto incluiu a instalação de novos elevadores, recuperação das fachadas da igreja e a preservação dos restos do Hospital da Penitência. Houve vasto trabalho de pesquisa arqueológica na área conhecida como Pátio Sul do convento. O estudo revelou o piso do antigo cárcere, uma fonte e um trecho de 50 metros do Aqueduto da Carioca, que alimentava o antigo Chafariz da Carioca, aos pés do morro. A reforma teve como parceiros Citibank, Secretaria de Ciência e Cultura do Rio de Janeiro/Inepac e João Fortes Engenharia
A Ciranda de Livros visava a criar o hábito de leitura em crianças de 7 a 12 anos, faixa etária correspondente à primeira fase do ensino fundamental. O programa distribuiu a escolas públicas de todo o país 30 mil coleções completas de cada Ciranda, contando com a colaboração das secretarias de Educação. Os parceiros são Hoechst do Brasil e Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil.
A partir de uma demanda cada vez mais crescente, e com base na experiência adquirida com o desenvolvimento e veiculação do Telecurso 2º Grau – que já utilizava grandes redes de emissoras e repetidoras –, a Fundação Roberto Marinho e a Fundação Bradesco colocaram no ar, em 1981, o Telecurso 1º Grau . A série de programas contemplava as quatro últimas séries do ensino fundamental e contava com o apoio do MEC e da Universidade de Brasília.
O projeto buscava atender milhões de brasileiros entre 15 e 29 anos que não tiveram acesso ou não completaram o ciclo básico de ensino. O envolvimento direto do MEC justificava-se pela necessidade de criar novas oportunidades de estudo para esse público, capacitando-o a prestar os exames supletivos realizados pelas secretarias estaduais de Educação em todo país.
Proposto como um “sistema aberto de multimeios”, o projeto associou de forma pioneira televisão, rádio e material impresso, e criou Centros de Recepção Organizada (CROs) para audiência em grupo dos programas de TV ou rádio, sempre com o apoio do educador.
O Telecurso permaneceu no ar por 14 anos, até a estreia do Telecurso 2000, em 1995.
Construída na primeira metade do século XVIII em estilo colonial, na fazenda do Rio Comprido, a Casa do Bispo tem seu projeto atribuído ao engenheiro militar Brigadeiro Alpoim, que desenhou o Palácio dos Vice-Reis (Paço Imperial), no Rio, e o Palácio dos Governadores (Escola de Minas), em Ouro Preto. No local, funcionaram também o Colégio Episcopal de São Pedro de Alcântara e o Seminário São José. Apesar de tombado pelo Iphan desde 1932, o imóvel estava em ruínas quando, em 1980, a Fundação Roberto Marinho decidiu restaurá-lo para a instalação de sua sede.
A restauração teve início com as prospecções históricas e arqueológicas. Foram identificados todos os vãos originais da Casa. O madeiramento da cobertura foi substituído e tratado, para evitar os cupins que atingiam também as paredes junto ao solo. Além disso, houve a reforma das instalações hidrossanitárias e de infra-estrutura operacional (rede elétrica, telefonia e ar-condicionado).
As obras foram concluídas em 1982 e, desde então, a Casa do Bispo passou por constantes revisões. A Fundação Roberto Marinho mudou-se do local em 2002, em razão da necessidade de espaços mais adequados à natureza dos trabalhos desenvolvidos e, em especial, de unir a equipe do Canal Futura ao restante da instituição.
Localizado em meio ao Campus da PUC-Rio, o solar construído por Grandjean de Montigny para funcionar como residência do arquiteto integrante da Missão Francesa esteve praticamente abandonado depois de servir de escritório para a universidade.
A restauração iniciou-se em 1979 e terminou em 1980. Completamente restaurado, o prédio foi destinado ao Núcleo de Ativação Cultural da instituição e recebeu em sua inauguração a exposição “Grandjean de Montigny e a Arquitetura do Rio de Janeiro”, que incluía cenas da cidade na época do arquiteto, projetos não realizados e vasto material sobre o neoclassicismo no Brasil, além de debates paralelos em torno de questões sobre a identidade cultural e problemas urbanísticos do Rio de Janeiro. O resultado da mostra e de suas ações paralelas foi registrado em livro editado pelo projeto.
Em 1971, a lei n° 5.692 estabeleceu diretrizes para o ensino médio, avalizando o sistema supletivo como opção para as carências educacionais do país. Os altos índices de analfabetismo e o quadro de evasão escolar contradiziam o desenvolvimento e o progresso econômico alcançados em outros setores da economia.
Sete anos após a publicação da Lei, a Fundação Roberto Marinho, em parceria com a Fundação Padre Anchieta, mantenedora da TV Cultura de São Paulo, assinaram um convênio para a realização de um projeto pioneiro de teleducação: o Telecurso 2º Grau. Pela primeira vez, uma rede comercial de televisão – a TV Globo – era usada para um projeto educativo.
O Telecurso 2º Grau foi pioneiro no fomento à educação supletiva e a distância no Brasil. As aulas também foram transmitidas pelo rádio. Embora tenha sido estruturado de modo a ser compreendido e acompanhado por qualquer pessoa, o projeto tinha como público alunos com mais de 21 anos que pretendiam fazer os exames supletivos oficiais para obter o certificado de ensino médio. Como material de apoio e complemento das teleaulas, foram produzidos fascículos que chegavam semanalmente às bancas de jornais. As publicações eram distribuídas em mais de 3 mil municípios brasileiros.
A Fundação Roberto Marinho foi instituída em dezembro de 1977. Em fins daquele ano, nascia em Minas Gerais a Campanha de Preservação da Memória Nacional, com o slogan “Nosso passado está vivo, ajude a conservá-lo”. Passados alguns anos, o projeto ganhou âmbito nacional e novo mote: “O homem é eterno quando seu trabalho permanece”.
A campanha foi desenvolvida a partir de mensagens televisivas que buscavam mobilizar a população sobre a importância de se preservar as obras de arte, monumentos e nossas manifestações culturais, consideradas patrimônio imaterial.
Com o apoio da Rede Globo, a Fundação Roberto Marinho veiculou mais de 500 comerciais de televisão ao longo de oito anos da campanha, o que acabou por gerar o engajamento da instituição em diversos projetos de restauração, seminários, publicações e reuniões técnicas, com o objetivo de valorizar o cidadão brasileiro e seu patrimônio. O projeto contou com a participação do Iphan, do Iepha, de Minas Gerais e de outros órgãos regionais de preservação.
A restauração da pequena capela de N. Sra do Rosário do Serro, em Minas Gerais, marcou o início da ação da Fundação Roberto Marinho na restauração do patrimônio arquitetônico e resgatou o vínculo da comunidade local com sua religião.
Com quase três séculos de vida, a igreja estava interditada e corria risco de desabamento. Sua recuperação foi realizada no âmbito do programa Cidades Históricas do Iphan em parceria com a Fundação. As obras consistiram na recuperação da parede lateral, novas instalações elétricas, eliminação das infiltrações de águas pluviais nos alicerces e revisão do telhado.
Durante um dia inteiro, “marujos”, “caboclos” e “catopés” dançaram pelas ruas da cidade, que reúne um dos principais conjuntos barrocos do país. Fogos de artifício e batidas de caixa saudaram as “embaixadas” – serranos ausentes, integrantes da irmandade – que foram ao Serro especialmente para a reabertura da igreja, sede da maior e mais tradicional festa de N. Sra do Rosário. Os festejos culminaram com uma grande procissão popular, quando mais de duas mil pessoas reconduziram a imagem da santa ao altar da igreja restaurada. A partir desse projeto a Fundação engajou-se no Programa de Obras Urgentes de Minas Gerais.